A Prefeitura de Goiânia tem sido alvo de críticas por parte de ambulantes da Região da 44, que alegam falta de diálogo e denúncias de truculência na condução das ações de retirada dos trabalhadores informais. Em resposta, o diretor de fiscalização da Secretaria de Eficiência, João Peres Teodoro Rodrigues, nega qualquer excesso por parte dos agentes públicos. “Não houve truculência, houve reação conforme a atitude deles”, afirmou.
Rodrigues explica que alguns ambulantes resistiram às ações da prefeitura e reagiram de forma agressiva, o que exigiu resposta imediata das equipes no local. “Tivemos viaturas da Guarda depredadas e fiscais ameaçados com facão. Houve resistência para permanecer na irregularidade, então a fiscalização reagiu de acordo”, disse.
Aviso e alternativas
Segundo Rodrigues, os ambulantes foram informados previamente sobre as mudanças e participaram de reuniões com representantes das pastas responsáveis. “Eles participaram. Tiveram várias reuniões anteriores informando as possibilidades que teriam, do aluguel social ou da banca na Feira Hippie”, afirmou. “Eles estavam cientes já das ações que iam ter. O prazo foi dado e a prefeitura, antecipadamente, tentou negociar com eles para legalizar o pessoal da redondeza.”
A declaração rebate alegações de representantes de ambulantes, que vêm denunciando falta de diálogo com o prefeito Sandro Mabel e criticando a condução das operações de fiscalização. João Peres foi categórico: “As pastas responsáveis já respondem pelo interesse da prefeitura como um todo, pelo interesse do prefeito”.
Sobre a transferência para a Feira Hippie ou galerias comerciais Rodrigues garantiu que há capacidade de absorver todos os trabalhadores. “Conseguem plenamente. Só na Feira Hippie são quase 3 mil vagas disponíveis”, afirmou. Segundo ele, o número de ambulantes irregulares identificados não passa de 200. “Muitos que estão ali são lojistas que colocavam araras na via pública. O levantamento da prefeitura mostra que os realmente ambulantes irregulares são cento e alguma coisa somente”.
Primeiros resultados
João Peres avalia que os primeiros dias após a intensificação da fiscalização já mostram mudanças significativas. “A partir do dia 30, você pode ir ao local e vai ver que não há ambulantes nas calçadas e vias públicas. A fiscalização está de 4h da manhã à meia-noite, todos os dias, ininterruptamente”, destacou. “Pontualmente, estamos eliminando os casos de desobediência. Mas, em geral, a região já está mais ordenada, mais segura e visivelmente melhor.”
A prefeitura deve seguir com as ações nos próximos dias. Paralelamente, seguem em andamento novas rodadas de reuniões com representantes dos ambulantes que desejam se regularizar.
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