06 de novembro de 2024
Inovação

Ministério da Saúde distribuirá testes rápidos de hanseníase desenvolvidos pela UFG

O SUS receberá 150 mil testes em fevereiro. A ação é resultado da parceria da UFG com a indústria especializada Bioclin
Teste sorológico para a hanseníase BIOCLIN FAST ML FLOW desenvolvido pela UFG (Foto: Marina Souza)
Teste sorológico para a hanseníase BIOCLIN FAST ML FLOW desenvolvido pela UFG (Foto: Marina Souza)

O Ministério da Saúde (MS) anunciou que o Sistema Único de Saúde (SUS) vai começar a distribuir, a partir de fevereiro, 150 mil testes rápidos para detecção de hanseníase. Os testes foram desenvolvidos pela professora e pesquisadora do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (IPTSP), da Universidade Federal de Goiás (UFG), Samira Bührer e de colaboradores, no Laboratório de Desenvolvimento e Produção de Testes Rápidos (LDPTR), que fica no Centro Multiusuário de Pesquisa de Bioinsumos e Tecnologias em Saúde (CMBiotecs) do IPTSP.

O resultado só foi possível a partir da parceira entre a UFG e a indústria de produção e desenvolvimento de diagnósticos para laboratórios e análises clínicas Bioclin. A indústria brasileira recebeu a tecnologia dos testes rápidos da hanseníase da UFG e também contou com o apoio da multinacional alemã Merck S.A.

A partir do trabalho inédito dos pesquisadores do IPTSP/UFG, o Brasil será o primeiro país no mundo a oferecer teste rápido para detecção da hanseníase. O nome comercial do teste sorológico para a hanseníase é BIOCLIN FAST ML FLOW.

A pesquisadora Samira Bührer explica que o teste funciona somente com um pequeno volume de amostra de sangue ou soro do paciente. Conforme a reação do antígeno/anticorpo, identificados por imunocromatografia, se forma uma linha vermelha, indicando o diagnóstico da doença.

Os testes rápidos vão possibilitar maior agilidade no diagnóstico e no tratamento dos pacientes com hanseníase. No caso dos pacientes com resultado positivo no teste rápido, outros exames serão realizados, e os que apresentarem resultados negativos deverão receber mais informações sobre o diagnóstico da doença para ficarem mais atentos às alterações na pele.

A pesquisadora destaca que a realização do teste é muito importante para o diagnóstico precoce, o que possibilita o início do tratamento, que interrompe a transmissão e previne as sequelas. 

Com informações do Jornal UFG


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