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Mercado precifica que Previdência não passa, diz presidente da Bolsa

O mercado financeiro atualmente precifica a não aprovação da reforma da Previdência, e uma eventual aprovação da proposta que muda as regras da aposentadoria poderia provocar um novo impulso nas ações, avalia Gilson Finkelsztain, presidente da B3, dona da Bolsa.

“No mercado já há um certo consenso hoje de que não está precificada essa aprovação. O mercado trabalha com a hipótese de não aprovar. Então ele pode ficar mais animado se a reforma passar”, afirmou Finkelsztain nesta quinta-feira (7) durante almoço com jornalistas em São Paulo.

“Eu não sei qual seria o percentual, mas é menos de 50% hoje que o mercado precifica a aprovação, e seria muito bom. É um assunto que está desde maio na nossa agenda”, complementou.

Nesta quinta (7), a Bolsa brasileira chegou a recuar mais de 2% após o governo decidir adiar, na noite de quarta-feira (6), a definição da data para a votação da reforma.

Para Finkelsztain, porém, ainda há chance de o Congresso aprovar a reforma neste ano. “Eu acho que há chance. Quando eu estive com o [presidente da Câmara] Rodrigo Maia algum tempo atrás, ele falou: ‘Olha, a reforma está difícil, mas você sabe, a gente está no Brasil né? Tudo é possível’. E eu acho que isso é o que a gente aprende com Brasília”, afirmou.

“A conscientização da Câmara de que a gente precisa fazer alguma coisa, de que há um problema fiscal, é a mensagem que a gente precisa passar para o investidor estrangeiro, de que a gente sabe que há uma conscientização da importância disso. É a mensagem de que entenderam que é uma coisa urgente, que balancearam essa dicotomia de que ‘sou político, será que meu eleitor vai entender por que eu votei a favor?”, afirmou.

“Se o Congresso passar essa mensagem de que está consciente de quanto o país precisa da reforma, é muito positivo para o mundo, para os investidores globais”, ressaltou.

Na avaliação do presidente da Bolsa, quem ganhar as eleições presidenciais do próximo ano terá que enfrentar a reforma da Previdência. “O quanto antes esse assunto entrar na pauta, melhor para a retomada do crescimento, melhor para o mercado de capitais e melhor para que esse ciclo seja bem sustentado.”

Mesmo com as turbulências eleitorais, a perspectiva para o próximo ano é positiva, na visão de Finkelsztain. “Eu estou trabalhando com um cenário otimista para o ano que vem. Moderadamente otimista, no qual a recuperação econômica vá trazer um candidato, um potencial futuro presidente alinhado com reformas e com a estabilidade”, disse.

Ele vê o início do ano com um número “bom” de ofertas de ações e emissões de títulos de renda fixa. Mas avalia que, no final do primeiro trimestre, já começa a ter um certo impacto do cenário pré-eleitoral não só no mercado de capitais, mas também na liquidez. “Os participantes não gostam de volatilidade extrema. O risco aumenta muito e você tem todos os participantes diminuindo seu apetite por negócios”, complementou. (Folhapress)

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Thais Dutra

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