21 de março de 2025
PORTA FECHADA • atualizado em 09/02/2025 às 17:06

Maternidade Célia Câmara suspende internação de crianças e parturientes a partir deste domingo

Sem receber, empresa de pediatria parou de atender e foi substituída, mas a outra não conseguiu profissionais, impedindo também novos partos na unidade, segundo Fundahc
A partir deste domingo, sem prazo definido, novas internações estão suspensas na maternidade - Foto: arquivo / Secom Goiânia
A partir deste domingo, sem prazo definido, novas internações estão suspensas na maternidade - Foto: arquivo / Secom Goiânia

O Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) suspendeu a partir deste domingo (9), novas internações de pediatria e de gestantes em trabalho de parto. A gestora da unidade, a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (Fundahc), divulgou um comunicado informando que a empresa de pediatria que atendia a unidade suspendeu o atendimento, o que impede a internação de crianças, incluindo os recém-nascidos durante os partos realizados na unidade.

Ao Diário de Goiás a Fundahc informou que a suspensão dos serviços pela empresa anterior foi por atraso no pagamento. A empresa foi substituída, mas a outra não conseguiu contratar os pediatras, de forma que “não é possível receber novos pacientes”, explicou a Fundahc

Nota explica que Célia Câmara suspendeu internações

“Após a interrupção do serviço oferecido pela empresa, [a Fundahc] não encontrou médicos pediatras para a assistência. Por este motivo, o atendimento de porta está fechado para novas internações”, informou a nota. Leia a íntegra ao final.

Crise desde 2024

A situação vivida pelas três maternidades municipais geridas pela fundação – maternidade Célia Câmara, Nascer Cidadão e Donas Íris –  é crítica desde o ano passado, quando a Prefeitura deixou de fazer os repasses do Sistema Único de Saúde pelos serviços prestados, levando a uma crise sem precedentes na rede municipal. O problema fez parte do conjunto de irregularidades no setor que levou a uma intervenção judicial na Secretaria Municipal de Saúde.

O atual prefeito, Sandro Mabel, vem repassando valores e negociando os que estavam em atraso, mas já anunciou intenção de repactuar o contrato com a Fundahc em até 40% a menos. O contrato atual da prefeitura, segundo a fundação, é de R$ 20 milhões mensais. Ao falar do assunto essa semana, Mabel citou que o preço do parto é muito alto em relação a outras instituições e falou até em ociosidade.

As três maternidades municipais atendem cerca de 880 partos por mês, sendo responsáveis por 60% dos nascimentos na capital.

Comunicado HMMCC

“O Hospital Municipal da Mulher e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) informa que, após a interrupção do serviço oferecido pela empresa de pediatria que atendia a unidade, não encontrou médicos pediatras para a assistência. Por este motivo, o atendimento de porta está fechado para novas internações.

Casos de urgência e emergência e pacientes em trabalho de parto devem procurar outra unidade de saúde.

Lamentamos o transtorno e destacamos que todos os esforços estão sendo realizados para regularizar esta situação o mais rápido possível.”

Assessoria de Imprensa da Fundahc/UFG


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