04 de outubro de 2024
Política

Mandetta vê ‘polarização burra’ e diz que Brasil precisa de diálogo

Mandetta deixou governo federal após desentendimento com Bolsonaro. Ele defende diálogo na política. (Foto: Isac Nóbrega/PR)
Mandetta deixou governo federal após desentendimento com Bolsonaro. Ele defende diálogo na política. (Foto: Isac Nóbrega/PR)

O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta afirmou que o Brasil vive “uma polarização muito burra” no âmbito político. O ex-deputado federal destacou que a população está cansando-se dos ataques entre correntes políticas diversas. O momento, segundo ele, é de diálogo.

À Rádio Bandeirantes Goiânia, ele destacou que o Democratas, que se dividiu com a briga pública de Rodrigo Maia contra ACM Neto e Ronaldo Caiado, deve participar do debate de pacificação.

“Eu vejo o Brasil precisando de um bom diálogo. O Brasil está se cansando de agressões de lado A contra lado B. Uma polarização muito burra. Eu estou em um partido que deve fazer essa dicussão, precisa fazer essa discussão. Teve um momento de muito ruído por conta dessa eleição da presidência da Câmara”, destacou.

Mandetta afirmou que as falas do presidente Jair Bolsonaro não “inspiram segurança para definir rumos”. Por isso, ele pede que os democratas pensem em propostas para o Brasil sair da crise, deixando de lado egos.

“Em vez de pensar em nomes de A ou de B ou de C, pensar o que é que nós vamos propor para o Brasil, como a gente sai de uma pandemia dessa, como vamos retomar empregos e aquecer a economia. Como será um país com tanta dívida pública gerada, como vamos pagar essa dívida social absurda da educação de baixa qualidade, só através dela é que essa injustiça social pode ser contornada, isso é o que eu espero do partido”, pontuou.

Corrida da vacina

Mandetta defendeu a vacinação em massa contra a covid-19. Ele lembrou que inúmeras doenças infecciosas só foram controladas com o domínio da tecnologia de criação de vacinas. Por isso, ele pede que a sociedade se imunize.

“Nós temos agora, com essas vacinas, a chance de não termos formas graves(da covid-19). Formas graves são essas pessoas que acabam indo para o CTI e evoluindo muito mal. Nesse volume de pessoas vacinadas, nós temos que chegar a 170 milhões, 180 milhões para fazer um bloqueio coletivo”, destaca.

Ele cita ainda o temor pelas mutações do coronavírus. “Preocupa demais no momento, em que esse virus, vai sofrendo sempre pequenas mudanças e alterações. Algumas mudanças fazem-no mais capaz de se transmitir de um para outro. E isso nós assistimos na Inglaterra, África do Sul e agora em Manaus. Como as pessoas de Manaus para procurar atendimento, o próprio governo está mandando pessoas para outros estados e acabam chegando em Goiânia, Tocantins, Brasília”, pondera.

O ex-ministro destaca que a variante amazonense do coronavírus vai se espalhar pelo país. “Nós deveremos ter a nova cepa de Manaus dentro de 60, 90, 120 dias que seja, porque ela está sendo estudada ainda. Se confirmar que é mais transmissível e a velocidade de vacinação é muito baixa, isso pode nos trazer um aumento expressivo de casos ali na frente. Então o momento agora é de vacinar”, finaliza.


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