20 de junho de 2025
Transporte coletivo • atualizado em 16/05/2025 às 13:20

Mabel se diz contrariado com aumento da tarifa e afirma que não tem como sustentar reajuste

Aumento da tarifa técnica do transporte coletivo passou de R$ 9,89 para R$ 12,51, conforme decisão da Agência Goiana de Regulação (AGR)
Em entrevista, Mabel afirmou estar “contrariado” com o reajuste e declarou que a Prefeitura não tem condições de absorver o novo valor. Foto: Reprodução.
Em entrevista, Mabel afirmou estar “contrariado” com o reajuste e declarou que a Prefeitura não tem condições de absorver o novo valor. Foto: Reprodução.

O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, criticou nesta sexta-feira (16), em entrevista coletiva o aumento da tarifa técnica do transporte coletivo, que passou de R$ 9,89 para R$ 12,51, conforme decisão da Agência Goiana de Regulação (AGR). Em entrevista, Mabel afirmou estar “contrariado” com o reajuste e declarou que a Prefeitura não tem condições de absorver o novo valor.

“Recebi contrariado, contrariado. Nós vamos sentar, reunir, avaliar outra vez. Eu pedi para o meu pessoal: temos que recalcular. Como é que pode subir quase 3 reais essa tarifa técnica?”, questionou o prefeito, visivelmente incomodado. “Nós não temos capacidade de pagamento disso. Ou o governo estadual vai ter que absorver, porque é ele quem comanda isso daí, ou então nós não temos muito o que fazer, porque ela é muito puxada. Não tem como absorver isso”, completou.

O aumento da tarifa técnica, que é o valor que remunera as empresas operadoras do sistema representa um crescimento de 50% em três anos, e 26,5% desde a posse dos novos prefeitos, em janeiro de 2025. A decisão da AGR surpreendeu as prefeituras que compõem o consórcio de subsídio ao transporte metropolitano, que dizem não terem sido consultadas previamente.

Custo em alta e orçamento comprometido

O sistema de transporte da Região Metropolitana de Goiânia é bancado, em sua maioria, por meio de subsídios públicos para manter a tarifa paga pelos usuários em R$ 4,30. Do total, 82,36% do valor do subsídio é dividido igualmente entre o Governo de Goiás e a Prefeitura de Goiânia (41,18% cada), enquanto os demais municípios – Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira – respondem pelo restante.

Entre janeiro de 2023 e março de 2025, o sistema já consumiu cerca de R$ 914,8 milhões em complemento tarifário, segundo dados do Portal da Transparência do governo estadual.

A gestão do prefeito agora aguarda desdobramentos sobre o impacto da nova tarifa técnica e busca alternativas, em diálogo com o Governo de Goiás, para equilibrar as contas e manter o sistema de transporte coletivo funcionando sem comprometer outras áreas prioritárias, como a saúde.


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