03 de julho de 2025
APÓS CRÍTICAS

Mabel rebate secretária e diz que vai “lutar até o fim” para manter lixão de Goiânia

Segundo o prefeito, não há como reverter situação, pois existe uma "máfia do lixo", que deseja que sejam gastos R$ 10 milhões por mês
Mabel rebateu declarações da secretária de Meio Ambiente. (Foto: Alex Malheiros)
Mabel rebateu declarações da secretária de Meio Ambiente. (Foto: Alex Malheiros)

Sandro Mabel (União Brasil) rebateu a declaração da secretária de Estado do Meio Ambiente, Andréa Vulcanis, de que “não é possível reverter o lixão de Goiânia para condição de aterro.”

Mabel afirmou que vai “lutar até o fim” para manter o lixão público da capital. Ainda de acordo com o prefeito, todas as medidas estão sendo tomadas para que haja o controle do local.

Segundo o prefeito, não há como reverter, pois existe uma “máfia do lixo”, que deseja que sejam gastos R$ 10 milhões por mês para o aluguel de um aterro particular.

Agora, a ânsia de fechar o aterro de Goiânia é impressionante. A ânsia de jogar para vocês, que são nossos munícipes em Goiânia, uma conta que hoje é de 1 milhão e meio, querem jogar 10 milhões, aliás, 13 milhões. Vão jogar 11 milhões a mais. Dinheiro do seu bolso, que eles querem que joguem no lixo, num aterro sanitário que esses dias estava vazando chorume – Sandro Mabel

Quem fiscaliza o Lixão?

Ainda segundo Mabel, não é atribuição do Governo Estadual licenciar ou não o lixão, sendo prerrogativa municipal. Desta forma, a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) teria dado o aval para as atividades.

Nós vamos discutir se ela tem a prerrogativa de licenciar. Ela disse que tem, agora nós descobrimos que ela não tem. Então, quem licencia é a Amma, e a Amma entende que esse aterro pode ser licenciado dentro de condicionantes que estão sendo cumpridas e elas estão sendo bem cumpridas – Sandro Mabel

No entanto, segundo Vulcanis, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) decidiu que a Semad é quem detém o poder de controle e fiscalização dos aterros de todo o Estado.

Um dos argumentos utilizados pela secretária é de que há “muito volume de lixo”, sendo a paralisação das atividades do lixão a única solução possível para evitar o dano ambiental.

No entanto, o prefeito refutou Vulcanis, dizendo que todas as pilhas de lixo estão bem feitas e que todas as ferramentas de monitoramento estão funcionando no local.

Eu fui lá no aterro, não existe lixo destampado, existe o quê? Você vai construindo as bases. Então, você constrói, a hora que ela atinge 5 metros, eles vêm, sobem e vão tampando ela. Completamente tampado o aterro, as pilhas bem feitas. Alguma coisa de monitoramento que não está funcionando, mandei colocar lá – Sandro Mabel

Mabel também defendeu a manutenção do lixão da capital, baseado em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), que diz que ele está “razoavelmente bem controlado.”


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