A atual gestão da Prefeitura de Goiânia pretende devolver 23,6 mil litros de tinta anti-dengue adquiridos pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em abril de 2024 por R$ 10,5 milhões, durante a administração de Rogério Cruz. Segundo divulgado pelo O Popular, a compra totalizou 48 mil litros pelo valor de R$ 21,3 milhões, mas apenas metade do produto foi utilizado, deixando um grande estoque parado no almoxarifado da pasta.
A nova gestão da SMS aguarda um cronograma de aplicação por parte da empresa fornecedora, Saúde Mais, e pretende avaliar tecnicamente a eficácia do produto antes de decidir seu destino. O contrato previa não apenas o fornecimento da tinta, mas também sua aplicação, que até dezembro de 2024 foi feita em 101 unidades de saúde da capital.
A tinta adquirida, Carbapaint 10, teve seu registro como produto saneante indeferido pela Anvisa em setembro de 2024. No entanto, a agência esclareceu que isso não impede sua comercialização e que o produto possui autorização válida, com eficácia comprovada contra os alvos informados no rótulo.
Valores e aplicação
A compra da tinta foi oficializada no Diário Oficial do Município em 12 de abril de 2024, durante a gestão do então secretário de Saúde, Wilson Pollara. A SMS adquiriu 12 mil latas da empresa Saúde Mais, de Brasília, por R$ 21,3 milhões, com cada unidade custando R$ 1,7 mil. Segundo o portal da transparência da Prefeitura de Goiânia, os pagamentos foram efetuados em duas parcelas: R$ 5,3 milhões em junho e R$ 15,9 milhões em julho de 2024.
Além do fornecimento do produto, a aplicação da tinta também ficou sob responsabilidade da empresa. Entre abril e dezembro de 2024, a Saúde Mais retirou 24,3 mil litros do almoxarifado e, conforme relatório apresentado à gestão anterior, utilizou a tinta na pintura de muros e paredes de 101 unidades de saúde da capital, cobrindo uma área total de 145,8 mil metros quadrados.
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