A prisão dos investigados Denilson Boaventura, Luís Gustavo Rocha e Ellysama Aires Lopes Almeida, apontados como os administradores do perfil anônimo “Anápolis na Roda” foi revogada. A Justiça de Goiás autorizou, na sexta-feira (16), a soltura dos três, que foram detidos pela Polícia Civil durante a Operação Máscara Digital, deflagrada para investigar ataques e difamações contra autoridades e figuras públicas da cidade.
A decisão foi assinada pela juíza Marcella Caetano da Costa, da 5ª Vara Criminal de Anápolis, após manifestação favorável do Ministério Público. De acordo com o promotor Eliseu Antônio Belo, a prisão temporária dos suspeitos já cumpriu sua função. Os celulares dos investigados estavam desbloqueados e conectados aos perfis em redes sociais usados para os ataques, o que possibilitou à equipe do Geic (Grupo Especial de Investigação Criminal) coletar provas importantes logo nos primeiros dias da ação.
Apesar da autorização judicial, os três ainda não serão liberados de imediato. A soltura depende da tramitação de documentos entre o Judiciário e o sistema penitenciário, o que pode levar um ou dois dias. Denilson Boaventura e Luís Gustavo Rocha continuam detidos no presídio de Anápolis, enquanto Ellysama Aires Lopes Almeida segue na unidade prisional de Aparecida de Goiânia.
Mesmo em liberdade, os investigados permanecerão sob medidas cautelares. Entre as obrigações estão a proibição de realizar novas publicações ofensivas, de retomar o controle das contas investigadas e de acessar redes sociais de forma ampla. As medidas visam evitar a continuidade dos supostos crimes durante o andamento do processo.
A Operação Máscara Digital, conduzida pelo Geic, prossegue com as investigações. O grupo apura a prática de crimes como difamação, injúria, perseguição, falsa identidade e associação criminosa.
Entenda o caso
A Operação Máscara Digital foi deflagrada pela Polícia Civil de Goiás no início de maio para investigar o perfil “Anápolis na Roda”, que vinha se notabilizando por publicar críticas anônimas, muitas vezes com conteúdo ofensivo contra políticos, autoridades do Judiciário e outros agentes públicos da cidade.
Segundo as investigações, o grupo por trás do perfil se valia do anonimato para disseminar ataques que extrapolavam o direito à liberdade de expressão e configuravam possíveis crimes contra a honra. Durante a ação policial, celulares foram apreendidos e os administradores do perfil foram presos temporariamente para viabilizar a coleta de provas.
Leia mais sobre: Anápolis / Goiás / Polícia Civil de Goiás / Cidades / Notícias do Estado
