11 de dezembro de 2024
Cash Delivery • atualizado em 03/05/2022 às 18:33

Jayme Rincón diz que ele e Marconi foram vítimas da “maior armação política da história de Goiás”

Rincon disse que vai buscar meio para que os promotores sejam responsabilizados
(Foto: Domingos Ketelbey/DG)
(Foto: Domingos Ketelbey/DG)

Após ver a sentença de sua condenação na Operação Cash Delivery anulada, o ex-presidente da Agetop e aliado de Marconi Perillo disse na manhã desta terça-feira (03/05) que ele e o ex-governador foram alvos da maior “armação política da história de Goiás”. “Eu respeito profundamente o Ministério Público, mas eu desprezo profundamente os promotores que usam o Ministério Público para perseguir, coagir e denunciar sem provas”, disparou em uma coletiva para os jornalistas.

Ao lado dos advogados do caso, Romero ferraz Filho e Cristiano Zanin Martins, que conseguiram decisão liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) que extinguiu toda a operação Clash Delivery, tendo em vista a tese de que houve manipulação no inquérito e na investigação por parte dos promotores, o ex-presidente da Agetop disse que por muito tempo fez voto de silêncio em torno das acusações.

“Só eu sei a dor que eu e minha família passamos em virtude do que fizeram conosco. É óbvio que fui usado como bode expiatório para que algumas pessoas inescrupulosas atingissem os seus objetivos políticos e partidários usando a instituição do Estado”, pontuou.

Rincon não poupou criticas aos promotores da acusação. “No nosso caso aqui, fomos vitimas de dois inescrupulosos que são procuradores da República”, destacou. O ex-presidente da Agetop chegou a dizer que um destes que morava no mesmo condomínio, usou sua residência como tese para condená-lo. “Mudei para a casa em que eu moro em 2005 e conheci o Marconi, em 2006. Eu não conhecia pessoalmente e esse procurador na denúncia que fez em relação a mim, ele questiona a minha casa que eu mudei em 2005. Eu só ocupei cargo no governo em 2011. Ele diz que a casa em que eu morava não era condizente com meu salário de funcionário público. Ele é um cretino. Ele é um canalha”, disparou.

Filho preso como parte da ‘chantagem’

Jayme disse que um dos momentos mais sensíveis durante todo o processo de acusação aconteceu em setembro de 2018 um filho dele foi preso em uma das etapas da Operação Crash Delivery e, para o ex-presidente da Agetop (atual Goinfra), o objetivo da prisão não foi outro senão chantageá-lo. 

“Eles prenderam o meu filho. O meu filho já morava fora de Goiás há mais de quatro anos. Ele nunca ocupou cargo público e nunca participou de campanha. Prenderam meu filho para me chantagear, humilhar e me constranger”, rememorou lembrando que ele já estava preso. “Quando viram que eu não iria falar até porque eu não tinha o que falar a delegada chega com um pedido de prisão feito por um canalha de um promotor dizendo que se eu não colaborasse, eles iriam prender minha filha. Foi quando eu disse para a delegada não avançarem mais o sinal e para não triscarem na minha filha”, relembrou citando um episódio que insinuaram que a prenderiam. Sem citar os nomes dos promotores, Rincon também chegou a dizer que irá buscar colocá-los para responder pelas questões na Justiça.


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