18 de maio de 2025
drenagem urbana • atualizado em 18/04/2025 às 18:14

Índice de bueiros ou bocas de lobo em Goiás fica abaixo da média nacional

Segundo o Censo Demográfico 2022, divulgado pelo IBGE, apenas 36,1% dos moradores goianos vivem em vias com bueiro ou boca de lobo
Na contramão do índice estadual, Goiânia registrou 62,9% de cobertura com bueiros ou bocas de lobo, ficando acima da média nacional. Foto: Reprodução.
Na contramão do índice estadual, Goiânia registrou 62,9% de cobertura com bueiros ou bocas de lobo, ficando acima da média nacional. Foto: Reprodução.

Apesar de avanços em áreas como pavimentação e iluminação pública, o Estado de Goiás ainda enfrenta desafios em relação à drenagem urbana. Segundo o Censo Demográfico 2022, divulgado pelo IBGE, apenas 36,1% dos moradores goianos vivem em vias com bueiro ou boca de lobo, dispositivos essenciais para o escoamento adequado da água da chuva.

O índice é consideravelmente inferior à média nacional, que ficou em 53,7%, mas representa um avanço em relação ao último levantamento, realizado em 2010, quando o estado marcava apenas 23,4%. No ranking nacional, Santa Catarina (85,2%), Paraná (83,4%) e Rio de Janeiro (76,7%) lideram com os melhores índices de cobertura de bueiros. Já Goiás figura entre os Estados com menor presença desse tipo de infraestrutura, atrás de grandes centros urbanos e de Estados do Sul e Sudeste.

Na contramão do índice estadual, Goiânia registrou 62,9% de cobertura com bueiros ou bocas de lobo, ficando acima da média nacional. O número também demonstra avanço em relação a 2010 e reforça o bom desempenho da capital em diversos aspectos de infraestrutura urbana.

Entre as capitais, os maiores percentuais foram observados em Curitiba (95,0%), Vitória (92,3%) e Florianópolis (86,8%). A presença desses dispositivos em áreas urbanas é fundamental para evitar alagamentos, reduzir erosões e garantir maior durabilidade das vias públicas.

Desafio para o planejamento urbano

A baixa cobertura de bueiros em Goiás revela a necessidade de investimentos em sistemas de drenagem pluvial, especialmente em áreas mais periféricas e com expansão urbana acelerada. A falta dessa infraestrutura pode comprometer a qualidade de vida da população e elevar os riscos em períodos de chuva intensa.

Os dados fazem parte da Pesquisa Urbanística do Entorno dos Domicílios, que integra o Censo 2022 e avaliou dez características urbanísticas nos domicílios brasileiros. O objetivo é oferecer subsídios para o planejamento urbano e formulação de políticas públicas eficazes em todas as esferas de governo.


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