O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aceitou a nova indicação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (UB-AP), para substituir Juscelino Filho no Ministério das Comunicações e empossou no cargo, nesta quinta-feira (24,) o atual presidente da Telebras, Frederico de Siqueira Filho. O novo ministro é um nome técnico e não filiado à legenda.
O nome de Frederico de Siqueira Filho foi endossado pelo presidente do UB, Antonio Rueda, ao governo petista depois que o deputado da legenda, Pedro Lucas Fernandes, do Maranhão, rejeitou o convite do presidente Lula para substituir Juscelino Filho, denunciado pela Procuradoria-Geral da República à Justiça Federal.
O novo ministro é descrito como próximo do senador Efraim Filho (UB-PB), ter perfil técnico, já ter trabalhado na operadora Oi, e não ser filiado ao partido. Com essas características, a indicação facilitou a construção de consenso e evitou demora e a indefinição que aconteceu com Pedro Lucas que chegou a ser anunciado como novo ministro.
Segundo informou o jornal O Estado de S. Paulo, a escolha de Alcolumbre por Frederico Siqueira Filho ocorreu após conversas entre o presidente do Senado e o presidente do União Brasil. O senador também teve uma conversa privada na quarta-feira (23) com o presidente Lula.
“Desde o início do governo, o União Brasil vive uma constante contradição entre se considerar uma sigla governista ou independente. Criada a partir de duas legendas de direita – o DEM, que já foi PFL e nasceu de um braço da Arena, partido de sustentação da ditadura militar, e o PSL, partido que abrigou Jair Bolsonaro nas eleições de 2018 -, a legenda conta com ministros na Esplanada, mas uma bancada com parlamentares historicamente antipetistas”, enfatizou o Estadão.
Congressistas do UB ouvidos pelo jornal, avaliam que a indicação do atual presidente da Telebras para o Ministério das Comunicações não deve mudar a correlação de forças na bancada em favor do governo. Esses parlamentares argumentam que o formato de articulação política atual está esgotado e que a bancada vai continuar votando a favor do governo se avaliar que “o melhor para o País” é acompanhar as pautas de interesse do governo Lula.
