14 de outubro de 2024
Alarmante

Incêndio no Parque Nacional de Brasília já consumiu cerca de 700 hectares de área de preservação

Mais de 200 bombeiros do DF foram convocados para atuar na ocorrência; agentes do ICMBio e do PrevFogo auxiliam no combate ao fogo com ajuda de um avião e um helicóptero
O fogo já consumiu 700 hectares de área de preservação do Parque Nacional de Brasília. Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil
O fogo já consumiu 700 hectares de área de preservação do Parque Nacional de Brasília. Foto: Marcello Camargo/Agência Brasil

O incêndio que atingiu o Parque Nacional de Brasília no último domingo (15) continua consumindo a área de preservação ambiental e já atingiu cerca de 700 hectares. Nesta segunda-feira (16), a capital federal amanheceu envolta por nuvem de fumaça e fuligem. A baixa umidade relativa do ar, decorrente da seca extrema de 146 dias sem chuva, prejudicam o trabalho de combate às chamas.

De acordo com informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Parque continua com focos ativos, apesar dos esforços do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e dos agentes do PrevFogo, que também auxiliam na operação. Conforme o portal O Antagonista, todos os bombeiros do DF estão de sobreaviso e, mais de 200 agentes foram convocados para atuar contra a queimada.

A nuvem de fumaça e fuligem vinda do Parque Nacional encobriu a cidade de Brasília, nesta segunda (16). Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Por conta da baixa qualidade do ar em Brasília, decorrente do incêndio no Parque Nacional, aulas da Universidade de Brasília (UnB) e escolas próximas a àrea de queimadas suspenderam as atividades. A fumaça se espalhou pela Asa Norte, encobrindo prédios e trazendo prejuízos para a saúde da população.

Nesta segunda (16), três agentes da Polícia Federal (PF) estiveram no Parque de Brasília para investigar a origem do fogo. Como não houve incidente natural que pudesse explicar o foco da queimada, as frentes de investigação trabalham na hipótese preliminar de incêndio criminoso.

Ações contra incêndios criminosos

Em entrevista, nesta segunda (16), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), criticou a atuação do governo federal no combate às práticas criminosas relacionadas às queimadas que assolam parte do país. Caiado afirmou que o governo não liberou verbas suficientes para que os Estados agissem contra as ocorrências e limitou o teto de gastos.

O chefe do Executivo goiano afirmou que é preciso uma punição concisa para inibir esse tipo de prática, já que há fortes indícios de ações orquestradas para ocorrência de incêndios simultâneos em diversos pontos do Brasil. O governador afirmou que vai brigar pelo direito de tomar medidas administrativas e judiciais contra quem provoca incêndios criminosos. Ele sinalizou que vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF). “Se o governo federal é que tipifica o crime e ele cruza os braços, o cidadão continua incendiando o Brasil inteiro, então essa é a minha opção como governador”, frisou.


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