O Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) realizou a primeira captação de órgãos da unidade, gerida pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES). A informação foi divulgada neste sábado (11) pelo Governo de Goiás.
O procedimento resultou na doação dos rins de uma criança de dois anos, diagnosticada com morte encefálica, para um paciente do Rio Grande do Sul. Agora, a unidade passa a integrar a rede estadual de doação de órgãos para transplantes, coordenada pela Central de Transplantes do Estado de Goiás.
“Estamos dando início a uma nova fase, contribuindo para o sistema estadual de transplantes e reforçando nosso propósito de cuidar de vidas e o compromisso com a saúde pública”, disse o diretor-geral do hospital, Divino Ronny Rezende Júnior, ao destacar a generosidade dos pais da criança em concordar com a doação.
“Deixar um pedacinho dele em alguém é uma maneira de buscarmos conforto em meio à dor da perda. Queremos que ele seja lembrado como uma esperança para outras pessoas”, ponderou o pai da criança.
Transplantes em Goiás
A gerente da Central de Transplantes de Goiás, Katiuscia Freitas, frisa que Aa Gerência de Transplantes de Goiás vem atuando no fortalecimento das Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, e o registro da primeira doação de órgãos nesta unidade demonstra a qualificação da equipe, o compromisso, a humanização do atendimento e o acolhimento aos familiares”.
Freitas destacou ainda que a participação do Hecad na rede estadual de transplantes representa um avanço significativo para o estado e uma contribuição essencial para a fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). “A unidade é referência em pediatria e que doações pediátricas atendem a uma lista nacional específica da pediatria, que atualmente tem cerca de 1, 3 mil crianças e adolescentes”, finalizou.
A fila pediátrica é ainda mais sensível que a de adultos, pois o nível de aptidão para a doação considera, além da compatibilidade sanguínea, o peso e o tamanho do doador, fatores cruciais para o sucesso dos transplantes infantis. No Brasil, a doação de órgãos só acontece com o consentimento da família. Os pacientes aptos a doar são aqueles com diagnóstico por morte encefálica, vítimas de dano cerebral irreversível.
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