MARINHO SALDANHA
PORTO ALEGRE, RS (UOL/FOLHAPRESS) – O Grêmio é bicampeão da Recopa. Com um jogador a mais desde o primeiro tempo, o Tricolor pressionou e perdeu chances de todo jeito. De frente para o gol, sem goleiro, na trave… No tempo normal e na prorrogação, o Independiente segurou o 0 a 0. Nos pênaltis, brilhou a estrela de Marcelo Grohe, que defendeu a última cobrança, garantiu o 5 a 4 na disputa e fez o atual campeão da Libertadores confirmar seu domínio continental contra o atual vencedor da Sul-Americana, diante de uma Arena com bom público.
Ao longo dos 120 minutos, Luan, Cícero, Jael e Everton, este último o melhor em campo, perderam seguidas oportunidades. A missão deveria ter sido mais fácil, já que Amorebieta foi expulso ainda no primeiro tempo, após falta dura em Luan. O vermelho aconteceu com auxílio do árbitro de vídeo, repetindo roteiro da última semana, quando o Grêmio também teve um a mais e mesmo assim não conseguiu mais que um empate -na ocasião, 1 a 1 na Argentina.
Nas cobranças, no entanto, o Grêmio prevaleceu. Maicon, Cícero, Jael, Everton e Luan fizeram, com muita categoria, para o Grêmio. Gaibor, Meza, Domingo e Romero marcaram pelo Independiente, mas Benítez perdeu a última batida, e o título é gremista.
A última conquista tricolor na Recopa havia sido em 1996. Foi o time de Felipão que ergueu a taça na ocasião. É o terceiro título gremista nos últimos três anos: Copa do Brasil em 2016, Libertadores em 2017 e Recopa em 2018.
Desde os primeiros minutos do jogo, foi o Grêmio que assumiu protagonismo. Os primeiros lances de gol aconteceram antes de 10 minutos. No mais claro, Everton recebeu, driblou o goleiro e bateu, mas o zagueiro Amorebieta tirou de cima da linha. Em seguida, Luan e Cícero também tiveram oportunidades. Pararam na defesa do rival ou em conclusões para fora.
Amorebieta esqueceu-se do futebol e apelou para violência. Em uma dividida de bola, acertou com a chuteira o peito de Luan. Ficou uma marca, tamanha força empregada. O gremista sofreu, ficou caído, e ao levantar-se mostrou o ocorrido ao árbitro. O juiz utilizou árbitro de vídeo e, após alguns instantes, expulsou o venezuelano, aos 42min.
No segundo tempo, só o Grêmio jogou. A equipe de Porto Alegre, com um jogador a mais, esteve praticamente o tempo todo no campo do rival. Trocando passes, tentou superar uma formação pouco usual dos visitantes. Com as trocas propostas pelo treinador, o Independiente ficou no 5-4-0. Abriu mão do ataque para jogar com cinco zagueiros e apostar na prorrogação e na disputa por pênaltis.
GRÊMIO
Marcelo Grohe; Léo Moura (Paulo Miranda), Pedro Geromel, Kannemann, Cortez (Lima); Maicon, Jaílson (Jael), Alisson (Maicosuel), Luan, Everton; Cícero.
T.: Renato Gaúcho
INDEPENDIENTE
Campaña; Bustos (Jonas Gutiérrez), Alan Franco, Amorebieta, Gastón Silva; Nicolás Domingo, Rodríguez (Benítez), Gaibor, Leandro Fernández (Figal), Maximiliano Meza; Menéndez (Romero). T.: Ariel Holan
Estádio: Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS)
Juiz: Enrique Cáceres (PAR)
Auxiliares: Eduardo Cardozo e Juan Zorrilla (Ambos paraguaios)
Renda: R$ 1.964.449,00
Público: 42.921 (total)
Cartões amarelos: Alisson, Pedro Geromel, Paulo Miranda (Grêmio); Rodríguez, Silva, Gaibor (Independiente)
Cartões vermelhos: Amorebieta (Independiente)