13 de outubro de 2024
AVANÇO

Goiás registra 10,4 mil testes de diagnóstico para tuberculose em 2023

Em 2023, foram confirmados 1.012 casos da doença em Goiás
Avanços foram apresentados na Reunião de Monitoramento das Ações do Programa de Controle da Tuberculose. (Foto: SES-GO)
Avanços foram apresentados na Reunião de Monitoramento das Ações do Programa de Controle da Tuberculose. (Foto: SES-GO)

No ano de 2023, Goiás registrou 10,4 mil testes de diagnóstico para tuberculose, com a detecção da doença ampliada por meio do Teste Rápido para Tuberculose (TRM-TB) realizado pelo Laboratório Estadual de Saúde Pública Dr. Giovanni Cysneiros (Lacen-GO), que analisa as amostras enviadas por 243 municípios. Além disso, o diagnóstico pode ser feito no Hospital Estadual de Doenças Tropicais Dr. Anuar Auad (HDT) e pelas prefeituras de Goiânia, Rio Verde e Aparecida de Goiânia. Em 2023, foram confirmados 1.012 casos da doença.

As prefeituras recém insumos do Lacen-GO, além de a Secretaria de Estado de Saúde (SES) oferecer os kis necessários para a realização do teste rápido para detectar tuberculose na urina de pacientes que vivem com HIV para as secretarias municipais. Do total de testes moleculares realizados, 4.541 foram analisadas no Lacen-GO, 4.577 nos municípios que realizam produção própria e 1.345 no HDT.

Os avanços foram apresentados na Reunião de Monitoramento das Ações do Programa de Controle da Tuberculose, da Superintendência de Vigilância em Saúde (Suvisa). A doença ainda é um grande desafio e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o primeiro país das Américas em número de casos, com 33,4%.

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde em substituição, Cristina Laval, os indicadores norteiam quais medidas devem ser tomadas. “E a grande preocupação nossa, é claro, é melhorar, fazer com que o serviço esteja mais acessível para essa população com tuberculose, que é muito vulnerável, para que tenhamos políticas públicas que cheguem até essas pessoas, melhorando a detecção, o diagnóstico, e também diminuindo a taxa de abandono”, afirma.

Descontinuidade

Entretanto, o coordenador do Programa Estadual de Controle da Tuberculose e Microbactérias não Tuberculosos da SES, Emílio Alves Miranda, o problema é a descontinuidade do tratamento pelos pacientes. “Dados preliminares mostram que nós curamos, até o momento, apenas 60% dos casos novos. Infelizmente, o tratamento ainda dura no mínimo seis meses. Então o paciente geralmente desiste durante esse período, porque ele tem melhora e acha que já está curado”, diz.

Um outro problema apontado pelo coordenador é a expansão do tratamento preventivo da tuberculose em pessoas infectadas e não doentes, com objetivo de evitar o adoecimento.


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