A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) já registrou três casos suspeitos de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1), conhecido como gripe aviária, em Goiás, que estão sob investigação. O primeiro caso foi registrado no Parque Zoológico de Goiânia e os outros dois em propriedades de subsistência nos municípios de Montes Claros de Goiás e Santo Antônio da Barra.
O primeiro caso aconteceu em Goiânia, no último domingo (8), quando um Cisne Negro morreu no Parque Zoológico da cidade. Por medidas de precaução, o Zoológico está desativado pelo prazo de 10 dias úteis ou até que o laudo da causa da morte da ave seja divulgado.
De acordo com a responsável técnica e supervisora geral do Zoológico, Jamile França, o cisne não apresentou qualquer sinal compatível com a gripe aviária, mas todas as medidas foram adotadas como precaução. “Era um animal adulto, saudável, com comportamento e alimentação normais. Sua morte repentina nos surpreendeu, por isso optamos por agir com responsabilidade e investigar com mais profundidade. A necropsia apontou inicialmente uma lesão que pode explicar a causa da morte, mas por precaução, enviamos material para análise laboratorial”, detalhou.
O segundo caso foi registrado em Montes Claros de Goiás, onde houve a morte de 35 galinhas e sete perus, que apresentaram sintomas de asas caídas, dificuldade respiratória, secreção nasal, apatia, diarreia etc. Já o terceiro caso aconteceu em Santo Antônio da Barra, com o registro de morte de 100 galinhas, aproximadamente. Entre os sinais clínicos estavam apatia, dificuldade respiratória, diarreia, edema de face, entre outros.
Protocolos zoosanitários
As propriedades foram interditadas cautelarmente e medidas de contenção foram adotadas imediatamente, em conformidade aos protocolos do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA), incluindo proibição de trânsito de animais, restrição do acesso de pessoas e adoção de medidas de biossegurança.
Além disso, as notificações foram devidamente inseridas no Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (Sisbravet) e estão sendo apuradas conforme protocolos nacionais de vigilância em saúde animal. Até o momento, não há confirmação da presença do vírus em nenhuma das ocorrências.
Ambas as notificações que aconteceram no interior foram registradas na última segunda-feira (9). Os fiscais da Agrodefesa realizaram os atendimentos nos locais no prazo de 12 horas após serem notificadas as mortes. As amostras dos três casos foram encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), em Campinas (SP), para análise.
A Agrodefesa ressalta que, até o momento, não há casos suspeitos em granjas comerciais no estado de Goiás, que permanecem com status livre de IAAP. A Agência reforça que todas as ações estão sendo conduzidas de forma preventiva, com o objetivo de mitigar riscos sanitários e preservar o status sanitário do Estado.
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