19 de março de 2025
Mudanças climáticas • atualizado em 18/02/2025 às 17:10

Goiás adere ao programa AdaptaCidades, do Governo Federal

Assinando a adesão ao programa, o Estado passa a aderir às iniciativas de fortalecimento e às políticas de adaptação e resiliência climática
Goiás aderiu ao AdaptaCidades, iniciativa do Governo Federal, durante encontro em Brasília. Foto: Ministério do Meio Ambiente
Goiás aderiu ao AdaptaCidades, iniciativa do Governo Federal, durante encontro em Brasília. Foto: Ministério do Meio Ambiente

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) assinou a adesão de Goiás ao AdaptaCidades. A iniciativa do Governo Federal tem como objetivo de fortalecer as políticas de adaptação e resiliência climática a partir da integração do poder público em nível nacional e local.

O AdaptaCidades vai apoiar estados e municípios com recursos técnicos e financeiros para o desenvolvimento de estratégias e planos locais e regionais de adaptação às mudanças climáticas. A meta é fazer com que cidades estejam mais protegidas contra enchentes, secas, deslizamentos de terra e outras consequências das mudanças do clima.

O programa do Governo Federal vai viabilizar a contratação de mobilizadores e facilitadores para engajamento e suporte técnico, realização de oficinas e mentorias para gestores estaduais e municipais, produção e distribuição de materiais técnicos e ferramentas, além de auxiliar nos custos logísticos para atendimento regional e operacionalização das atividades.

Inicialmente, os Estados que aderiram ao programa deverão indicar dez municípios prioritários com alto índice de risco climático. Também poderão se beneficiar consórcios intermunicipais e associações de municípios em caráter excepcional e por indicação dos estados.

Goiás Resiliente

A líder da área de adaptação climática da Gecli da Semad, Natália Brito, afirma que a adesão ao programa federal deve impulsionar o Goiás Resiliente. O programa estadual lançado em junho de 2024 também tem o objetivo de melhorar a resposta do governo e dos municípios aos eventos decorrentes das mudanças do clima.

“A ideia e a intenção dos programas são bem similares e convergentes. Como o Governo Federal vai fornecer uma plataforma de capacitação com cursos, isso facilita o alcance do Goiás Resiliente para mais municípios. A partir dessa ferramenta que o Governo Federal vai disponibilizar, a gente consegue replicar e alcançar mais municípios e capacitá-los nesse sentido”, explicou Natália.

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) mapeou, em 2021, 67 municípios do Centro-Oeste que correm risco de sofrer danos ou perdas devido a processos geológicos. Desses, 40 municípios têm áreas classificadas como de risco alto ou muito alto, onde vivem 42.367 pessoas.

Conforme esse levantamento, em Goiás, os municípios mais vulneráveis são: Nova Gama, Morrinhos, Aparecida de Goiânia, Cavalcante, Goiás, Goiânia, Luziânia, Trindade, Pirenópolis, Planaltina, Jataí e Nova Roma.

Entre os anos de 1991 e 2022, Goiás enfrentou 311 desastres, resultando em 9 mortes, 14,2 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas, e 8,08 milhões de pessoas afetadas. Os prejuízos chegaram a cerca de R$ 789,45 milhões em danos e R$ 1,53 bilhão em perdas, segundo o Atlas Digital de Desastres no Brasil.


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