14 de outubro de 2024
Economia

Goiânia registra aumento de 0,52% em agosto no número de inadimplentes

Apesar do crescimento anual, o número de devedores na cidade apresentou uma queda de 0,13% na passagem de julho para agosto deste ano
O setor bancário continua liderando como a principal origem das dívidas em Goiânia, com 64,76% do total. (Foto: Freepik).
O setor bancário continua liderando como a principal origem das dívidas em Goiânia, com 64,76% do total. (Foto: Freepik).

Segundo levantamento do SPC Brasil, com apoio da base de dados da CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) Goiânia, o número de inadimplentes na capital goiana registrou um aumento de 0,52% em agosto de 2024, em comparação com o mesmo mês de 2023. Apesar do crescimento anual, o número de devedores na cidade apresentou uma queda de 0,13% na passagem de julho para agosto deste ano.

Em média, cada consumidor negativado da cidade devia R$ 5.137,77, considerando a soma de todas as dívidas. A análise detalhada do endividamento mostra que 30,45% dos consumidores possuíam débitos de até R$ 500, percentual que sobe para 43,18% quando se incluem dívidas de até R$ 1.000.

O tempo médio de atraso nos pagamentos é de 26,9 meses, com 38,92% dos inadimplentes na faixa de 1 a 3 anos de atraso. Já o número total de dívidas em atraso na capital cresceu 1,92% em relação a agosto de 2023, apesar de ter apresentado uma leve redução de 0,01% na variação mensal entre julho e agosto.

Para o presidente da CDL Goiânia, Geovar Pereira, o cenário econômico atual é desafiador, especialmente diante do impacto dos juros elevados:

O crescimento da inadimplência reflete a dificuldade das famílias em equilibrar suas finanças em um contexto de crédito mais caro atrelado a juros muito altos. Ainda assim, o pequeno recuo no número de devedores de julho para agosto pode indicar uma leve recuperação. No entanto, a situação ainda demanda cautela.

Origem das dívidas em Goiânia

O setor bancário continua liderando como a principal origem das dívidas em Goiânia, com 64,76% do total. Em seguida, aparecem outros setores com 10,16%, contas de água e luz (9,27%), comércio (8,09%) e comunicação (7,72%). Em média, cada consumidor inadimplente na capital tinha 2,189 dívidas em atraso, ligeiramente abaixo da média do Centro-Oeste (2,191) e acima da média nacional (2,100).

A faixa etária de 30 a 39 anos concentrou a maior parcela de inadimplentes em agosto, representando 26,48% do total. A distribuição por sexo, por sua vez, mostrou equilíbrio, com 50,59% dos devedores sendo homens e 49,41%, mulheres.


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