20 de abril de 2025
POPULAÇÃO PERDE • atualizado em 15/04/2025 às 10:34

Goiânia perde atendimento de urgência e emergência (porta aberta) na Maternidade Célia Câmara, informa jornal

Agora urgências e emergências vão para as outras duas maternidades; impacto será grande para população; SMS ainda não se manifestou
Maternidade no Vera Cruz vai redirecionar pacientes de urgência e emergência - Foto: divulgação
Maternidade no Vera Cruz vai redirecionar pacientes de urgência e emergência - Foto: divulgação

Na noite de segunda-feira (14), o jornal O Popular informou que o Hospital Municipal e Maternidade Célia Câmara (HMMCC) não será mais uma unidade de portas abertas, ou seja, vai deixar de atender urgências e emergências. A notícia chegou no mesmo dia em que a Prefeitura divulgou o pagamento de R$ 235 milhões de dívidas com prestadores de serviços, entre elas a gestora da unidade, a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da UFG (Fundahc/UFG), o que sinaliza que a mudança na estratégia não teria relação com algum atraso no pagamento.

Fontes que trabalham na maternidade informaram ao jornal que a administração teria enviado comunicado na segunda-feira sobre a suspensão dos atendimentos de urgência. Estariam inclusas  na suspensão também atividades do Centro de Parto Normal, além dos atendimentos ambulatoriais eletivos (consultas, curativos, vacinas, coleta de leite humano, testes do Pezinho, da Orelhinha e da Linguinha, entre outros) que eram prestados à população no Célia Câmara.

Unidade referência, Maternidade Célia Câmara não será mais porta aberta

Situada no Conjunto Vera Cruz, o HMMCC é referência, um dos hospitais públicos mais importantes para a população feminina e para os recém-nascidos em Goiânia. Além de porta aberta, a unidade atende 24 horas por dia.

Uma queda de braço tem sido travada entre a prefeitura e a gestora que, no ano passado, suspendeu atendimentos das três maternidades que administra – também a Dona Iris e a Nascer Cidadão – , por causa de uma dívida milionária. A nova gestão, entretanto, vinha questionando valores cobrados por serviços e exigiu repactuar a relação, com um novo plano de trabalho.

Esse novo plano de trabalho, destaca a reportagem, resultará no redirecionamento das urgências e emergências que eram atendidas na Célia Câmara, somente para as outras duas maternidades administradas pela fundação.

SMS ainda não divulgou quando será fim do serviço

A Secretaria Municipal de Saúde, que na segunda divulgou o pagamento parcial dos seus credores, ainda não informou como e quando esse processo (suspensão de urgências e emergências) vai acontecer.

De todo modo, a intenção da prefeitura é de manter o corte no repasse mensal para a Fundahc que passava de R$ 20 milhões, ficando em R$ 12,3 milhões para gerir as três maternidades públicas da rede municipal. A redução vinha sendo ressaltada pelo prefeito Sandro Mabel (UB) antes mesmo de assumir o cargo, no final de 2024, quando a Saúde estava sob intervenção por determinação judicial.

Já a Fundahc apontava dívida de aproximadamente R$ 100 milhões no ano passado, quando os repasses não foram honrados pela gestão anterior.

Segundo O Popular, o novo contrato deverá ter duração de apenas 120 dias. “De acordo com a SMS, os planos de trabalho já foram aprovados pelo Conselho Municipal de Saúde e estão em fase final de tramitação na secretaria”, informou o jornal.


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