A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás (Semad) indeferiu o plano de ação emergencial (PAE) apresentado pela empresa responsável pelo lixão Ouro Verde, em Padre Bernardo, onde uma pilha de lixo desabou na última quarta-feira (18), provocando um desastre ambiental.
Segundo a secretária Andréa Vulcanis, a proposta entregue pela empresa não atende aos requisitos técnicos mínimos exigidos para garantir a contenção dos danos. Em vídeo publicado nas redes sociais da Semad, ela destacou que o plano sequer foi assinado por um responsável técnico e não traz informações básicas, como as medidas de estabilização da pilha de resíduos e o destino do material que foi lançado no curso d’água da região.
“O plano não contém minimamente os requisitos que deem segurança para que, em vez de corrigir o problema ambiental, as coisas não se agravem ainda mais”, afirmou Andréa Vulcanis. A Semad concedeu um prazo adicional de 24 horas para que o empreendedor apresente um novo plano, desta vez tecnicamente consistente.
Enquanto a nova proposta não é entregue, o gabinete de crise segue monitorando a situação, com a participação de vários órgãos estaduais. O objetivo é evitar a tomada de decisões precipitadas que possam agravar ainda mais os impactos ambientais.
A Semad também anunciou que uma equipe especializada fará, nesta segunda-feira (24), a coleta de amostras para análise da qualidade da água nos poços artesianos. A expectativa inicial é que a elevação do terreno onde fica a comunidade reduza o risco de contaminação.
Já para os moradores das áreas ribeirinhas ao longo dos cursos d’água Santa Bárbara e Rio do Sal, a secretaria determinou, por meio de portaria, a suspensão imediata de qualquer tipo de uso da água. As propriedades próximas estão sendo visitadas por equipes técnicas, que orientam os moradores sobre as restrições.
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