14 de julho de 2025
Paralisação • atualizado em 04/07/2025 às 19:56

Fundahc suspende parte dos atendimentos nas maternidades municipais de Goiânia

Por falta de pagamento a fornecedores, as maternidades Dona Iris, Célia Câmara e Nascer Cidadão terão suspensão de parte do atendimento ao público a partir de segunda-feira (7)
Na Maternidade Célia Câmara, não serão realizados partos normais ou cesarianas em decorrência da suspensão do serviço de anestesiologia. Foto: Fundahc
Na Maternidade Célia Câmara, não serão realizados partos normais ou cesarianas em decorrência da suspensão do serviço de anestesiologia. Foto: Fundahc

A Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (Fundahc) anunciou que, a partir das 7h da próxima segunda-feira (7), parte dos serviços prestados pelas maternidades municipais, Dona Iris, Célia Câmara e Nascer Cidadão, serão suspensos. Segundo a gestora das unidades, a suspensão dos atendimentos acontece por falta de fornecimento de insumos essenciais, provocada pelo não pagamento dos fornecedores e prestadores de serviços, que é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS).

De acordo com a Fundahc, o atendimento de porta será restrito a casos de urgência e emergência, e apenas para avaliações obstétricas. Os atendimentos ambulatoriais e encaminhamentos realizados pela Central de Regulação Municipal estarão suspensos, o que inclui consultas, exames e cirurgias eletivas.

Apenas pacientes internados nas três maternidades e as gestantes com atendimento pré-natal iniciado terão os atendimentos mantidos. No entanto, na Maternidade Célia Câmara, não serão realizados partos normais ou cesarianas em decorrência da suspensão do serviço de anestesiologia.

Falta de insumos essenciais

A Fundahc alega que a Prefeitura de Goiânia não cumpriu os pagamentos devidos aos prestadores de serviços e fornecedores, referente ao mês de julho. Conforme a Fundação, foi apresentado aos fornecedores e prestadores de serviço das três maternidades a intenção de negociação proposta pela prefeitura para os valores em aberto, após reunião feita com o prefeito Sandro Mabel e o secretário de Saúde Luiz Pellizzer, no dia 1º de julho.

Em nota ao Diário de Goiás, a SMS de Goiânia rebateu as alegações da Fundação sobre a falta de pagamentos, informando que “o pagamento referente a julho não está atrasado e será realizado nos próximos dias”. Segundo a pasta, “todos os repasses à instituição foram realizados em dia e acima do valor acordado, de R$ 12,5 milhões/mês, para amortização das dívidas deixadas pela gestão anterior”.

A pasta ainda detalhou que “já repassou, apenas neste ano, R$ 103 milhões à Fundahc para a administração das maternidades municipais”. Conforme a SMS, “o pagamento aos prestadores de serviço é de inteira responsabilidade da Fundahc, que recebe para fazer a gestão das unidades”. Em contrapartida, a Fundahc afirmou que ainda não houve repasse financeiro da Prefeitura de Goiânia no mês de julho, impossibilitando, também, o pagamento da folha salarial das maternidades.

Em relação aos fornecedores, os representantes das empresas assinaram documentos com suas manifestações, que serão encaminhados para deliberação junto ao prefeito e secretário. O documento foi firmado após a última reunião, realizada no dia 3 de julho.

Por fim, a Saúde de Goiânia afirmou que vai reavaliar os fluxos de regulação para redirecionar as pacientes à rede e assegurar a assistência às gestantes, crianças e puérperas durante os dias de paralisação, de modo a não gerar prejuízos aos pacientes.

Confira a nota da SMS de Goiânia na íntegra:

Nota – SMS

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia (SMS) informa que já repassou, apenas neste ano, R$ 103 milhões à Fundahc para a administração das maternidades municipais. Na atual gestão, todos os repasses à instituição foram realizados em dia e acima do valor acordado, de R$ 12,5 milhões/mês, para amortização das dívidas deixadas pela gestão anterior.

O pagamento referente a julho não está atrasado e será realizado nos próximos dias. A SMS informa que o pagamento aos prestadores de serviço é de inteira responsabilidade da Fundahc, que recebe para fazer a gestão das unidades.

A SMS destaca que irá reavaliar os fluxos de regulação para redirecionar as pacientes à rede e assegurar a assistência às gestantes, crianças e puérperas.


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