23 de novembro de 2024
Opinião
Publicado em • atualizado em 21/01/2014 às 21:48

Friboi prefere DEM ao PT; Gomide une PT internamente

 

(Texto publicado originalmente por Eduardo Horácio, no Jornal X)

Se a sucessão para o Palácio das Esmeraldas nessas três primeiras semanas de 2014 for resumida, o principal vitorioso, por ora, é Antonio Gomide (PT). O segundo, Iris Rezende (PMDB). E o grande perdedor, Júnior Friboi (PMDB).

Em poucos dias, Gomide deixou um cenário de disputa com Paulo Garcia (PT) para se tornar o candidato de consenso do PT, como ficou decidido ontem por unanimidade na extensa e heterogênea comissão executiva do PT. Além de definir sua candidatura, Gomide saiu de lá com um calendário de pré-campanha, com a última definição ficando para o fim de março.

O outro vitorioso é Iris Rezende (PMDB). A candidatura de Friboi está com crise de credibilidade dentro do PMDB. Vários aliados de primeira hora de Friboi já foram até Iris pedir por sua candidatura, enquanto Friboi segue sem rumo, sem agenda e sem empolgar ninguém. Ainda há um temor de vários peemedebistas de expressar publicamente a desconfiança e decepção com Friboi. Esperam um sinal de Iris. Temem criticar o empresário e depois serem abandonados na campanha.

A própria assessoria de Friboi já vazou que o peemedebista encontrou Gomide no domingo, 19. Friboi não só ouviu de Gomide que o petista é mesmo candidato como ainda incentivou o petista a levar a candidatura adiante. Aquilo que Friboi já havia dito ao Jornal Opção em 15 de dezembro, ele tem repetido a todos os petistas: prefere uma aliança com o DEM de Ronaldo Caiado do que com o PT. Tanto que neste início de 2014, Friboi já se encontrou duas vezes com Caiado. Com o DEM na aliança, Friboi sepulta de vez qualquer chance de acordo com o PT.

E diferente de Iris e Gomide, Friboi também deixa claro para qualquer interlocutor que não quer saber de muitas alianças no primeiro turno. Por ele, o PMDB caminha com o DEM e ponto final. Tanto que em entrevista ao Popular em 30 de dezembro, Friboi afirmou com seu jeito espontâneo: “Tudo bem quem quiser lançar candidato no primeiro turno. Mas no segundo vai ter que todo mundo se juntar. Se não for pelo amor, será pela dor”.