19 de março de 2025
SITUAÇÃO INUSITADA

Falso bombeiro tenta entrar no Complexo Prisional com 5 crianças entre 12 e 14 anos

Homem usava documento falso e não tinha autorização dos pais; agentes desconfiaram dele ao ver as crianças dentro do carro
Carro usado pelo homem para levar as crianças até a CPP - Foto: DGPP
Carro usado pelo homem para levar as crianças até a CPP - Foto: DGPP

Um falso bombeiro militar, de 45 anos, tentou entrar no Complexo Prisional Policial Penal Daniella Cruvinel, em Aparecida de Goiânia, na sexta-feira (21), levando cinco crianças entre 12 e 14 anos. O homem se passava por tenente do Corpo de Bombeiros de Goiás e dizia que as crianças seriam de um programa infantil que a corporação coordena. A situação inusitada chamou a atenção dos agentes que interpelaram o suspeito porque bombeiros são militares e sabem que o acesso de menores de 18 anos no local é vedada.

Ao averiguar o documento do “militar”, os servidores identificaram que se tratava de uma carteira falsa.

Confrontado, o homem teria relatado aos agentes penais que já tinha ido com as crianças em um cemitério e passado também em um posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo uma fonte da DGPP, o falso bombeiro afirmou aos agentes que em todos teria conseguido demonstrar os serviços prestados sem levantar suspeitas de que não é bombeiro.

Prisão em flagrante

O homem foi preso em flagrante. Segundo divulgou a DGPP, ele foi encaminhado para a Central de Flagrantes, de Aparecida. Ele é acusado de falsidade ideológica (artigo 299 do CPB) e usurpação de função pública (artigo 328 do CPB). As crianças também foram levadas para a delegacia, onde ficaram aguardando os pais ou responsáveis.

O falso bombeiro se apresentou no Posto Avançado do Complexo Prisional com os cinco menores dentro de um veículo Fiat prata. Ele alegou que fazia parte do suposto “Projeto Bombeiro Resgate”, nome que estava plotado na frente laterais no veículo.

“Os policiais penais do Grupo de Guaritas e Muralhas (GGM) desconfiaram da identificação funcional, da forma em que ele tratava as crianças e do fardamento, que não era igual ao utilizado pelos Bombeiros Militares”, informou a DGPP.

Os agentes acionaram o Corpo de Bombeiros que ajudou a constatar que o documento era falso. Além disso, para agravar o inusitado da situação, “o preso também não portava autorização dos pais de nenhum dos menores para a visita”.

No veículo, além dos adesivos do suposto projeto, também foi encontrado um folder de propaganda informando que o “Bombeiro Resgate” era voltado para crianças e adolescentes entre 8 e 15 anos.

Uma fonte informou que os pais não desconfiavam que se tratava de um falso bombeiro militar. Também não sabiam que o Corpo de Bombeiros só possui o Projeto Bombeiro Mirim.

PRF também vai averiguar

Neste sábado o inspetor da PRF Newton Moraes disse que não houve registro de autorização dada a nenhuma visita como a citada pelo falso policial. As visitas e orientações, especialmente em postos avançados, que são áreas de risco nas rodovias, explicou ele, são autorizadas e programadas previamente. Entretanto, é possível que o preso possa ter apenas ido ou passado em uma unidade sem interferir no trabalho dos policiais. De todo modo, ele iria investigar melhor o assunto.


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