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Categorias: Economia

Exterior não alivia e dólar fecha a R$ 4,12

O quadro externo desfavorável e o dia negativo para commodities interromperam a recuperação que se esboçava no mercado brasileiro nesta quinta-feira (23), conforme investidores digeriam uma bateria de pesquisas eleitorais que levou o dólar acima de R$ 4 nesta semana pela primeira vez em mais de dois anos.

Após chegar a cair para R$ 4,042, o dólar firmou trajetória de alta ante o real e avançou 1,65%, a R$ 4,124. É o maior patamar desde 21 de janeiro, quando chegou a R$ 4,166. Na máxima do dia, atingiu R$ 4,129.

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A moeda americana emenda, assim, o sétimo pregão de ganhos em relação ao real. Desta vez, a puxada veio com mais força do exterior, após Estados Unidos e China intensificarem a guerra comercial entre si.

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Os países adotaram tarifas de 25% sobre US$ 16 bilhões (R$ 64,8 bilhões) em mercadorias um do outro, apesar de autoridades de ambos os lados terem retomado negociações em Washington.

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A notícia aumentou a aversão a risco no mundo. Todas as 31 principais divisas globais perderam para a moeda americana.

O real, no entanto, liderava a desvalorização, com o mau humor externo acentuado por investidores digerindo informações eleitorais dos últimos dias.

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Uma série de pesquisas de intenção de votos mostrou que o candidato à Presidência Geraldo Alckmin (PSDB) -preferido pelo mercado por ser visto como um nome mais reformista-, continuava sem ganhar tração expressiva. Além disso, investidores passaram a precificar a possibilidade de um candidato do PT chegar ao segundo turno, algo até então não previsto por eles.

“É o conjunto da obra: problemas lá fora, China e Estados Unidos, eleição no Brasil, a decisão do TSE [Tribunal Superior Eleitoral] e ainda o fator especulação”, afirmou o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.

Nesta quinta, o estresse com eleições ganhou força após o ministro Roberto Barroso, relator do registro de Lula (PT) no TSE, determinar a intimação da defesa do ex-presidente e dar sete dias de prazo para os advogados rebaterem os pedidos apresentados para barrar a candidatura com base na Lei da Ficha Limpa.

A escalada atual de sete pregões supera os seis avanços consecutivos de maio, quando o dólar foi de R$ 3,546 para R$ 3,739 em meio a tensões no exterior, levando o Banco Central a realizar swap cambiais bilionários (equivalentes à venda futura de dólares) e até leilão de linha (venda de dólares com o compromisso de recompra).

Operadores do mercado apontam, no entanto, que o BC não deve atuar de forma mais acentuada no câmbio neste momento porque o entendimento da autoridade monetárias seria de que não há falta de liquidez no mercado, nem fuga de capital, mas sim um movimento compatível com instabilidades de período eleitoral e, no contexto global, em linha com outros países emergentes.

Bolsa

A Bolsa, que vinha se mostrando ligeiramente mais resiliente aos impactos eleitorais do que o câmbio, também intensificou suas perdas.

O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas por aqui, caiu 1,65%, a 75.633 pontos.

A valorização recente do dólar acabava fortalecendo os papéis de algumas empresas exportadoras. Mas a aversão a risco generalizada no exterior não poupa o mercado brasileiro e pressiona o índice para baixo com mais força.

Siderúrgicas nacionais, que vinham registrando ganhos com a alta do dólar e de commodities, agora sofrem também com as perspectivas de uma guerra comercial mais intensa entre EUA e China. (Folhapress)

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Thais Dutra

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