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Categorias: Notícias do Estado
| Em 10 anos atrás

Exames não encontram traços de pólvora nas mãos de promotor argentino

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São Paulo – Os exames realizados para detectar se havia vestígios de pólvora nas mãos do promotor Alberto Nisman, encontrado morto em seu apartamento na madrugada de segunda-feira, deram negativo. Nisman foi o autor de uma grave denúncia contra a presidente Cristina Kirchner e importantes autoridades do governo.

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A promotora Viviana Fein declarou à Rádio Mitre que “o resultado da varredura eletrônica na busca de resíduos nas mãos” de Nisman “lamentavelmente deu negativo”. O promotor havia denunciado a presidente por proteger os suspeitos do atentado de 1994 a uma instituição judaica de Buenos Aires. Fein lembrou, porém, que este “não é um resultado inesperado” em razão do “calibre pequeno da arma” utilizada para matar Nisman.

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Como é uma arma de calibre 22, e não uma arma de guerra, geralmente a varredura eletrônica dá resultado negativo”, afirmou Fein, que afirmou que o resultado “não descarta que ele tenha disparado (a arma)“. Ela lembrou também que a autópsia destacou que não havia outras pessoas no momento da morte do promotor.

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Nisman foi encontrado com um tiro na têmpora direita. Uma pistola calibre 22 estava ao seu lado, assim como a cápsula deflagrada da bala. O corpo estava no banheiro de seu apartamento, cujas portas não haviam sido forçadas.

Há muitas formas de investigação e temos de esperar novos resultados, também no que diz respeito à análise do sangue encontrado na arma e no local“, afirmou a promotora.

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Fein explicou que “estão sendo realizados exames com o DNA para que o resultado seja preciso” e garantir se o sangue encontrado “corresponde ao de Nisman” ou ao de outra pessoa.

Nisman foi encontrado morto poucas hora antes de testemunhar perante o Congresso, onde apresentaria as provas contra a Cristina Kirchner. Cinco dias antes ele havia acusado a presidente de idealizar um plano para garantir a impunidade dos iranianos acusados do atentado contra a Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA) em 1994, que deixou 85 mortos.

Na semana passada, Nisman havia pedido a um juiz que convocasse Cristina, o chanceler Héctor Timerman e outras pessoas próximas ao governo para que fossem interrogados pela execução do suposto plano.

A presidente e seu ministro de Relações Exteriores tomaram a decisão criminosa de fabricar a inocência do Irã para saciar os interesses comerciais, políticos e geopolíticos da Argentina“, disse Nisman em comunicado à imprensa ao qual a Associated Press teve acesso. A presidente nega as acusações do promotor.

Nas próximas horas devem testemunhar perante um tribunal os dez policiais que faziam a segurança de Nisman. O promotor recebeu várias ameaças durante a investigação do ataque, iniciada dez anos atrás.

Polícia realiza buscas no escritório de Nisman

Sites de notícias argentinos informam que a polícia realiza buscas no escritório de Nisman. Fontes judiciais citadas pelos sites dizem que o computadores e outros documentos serão analisados. O pedido de buscas foi feito pela promotora Vivana Fein, que investiga o caso.

Ela procura descobrir também se Nismam passava por algum tratamento médico ou psicológico para saber se ele sofria e estresse ou depressão.

(Agência Estado)

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