18 de maio de 2025
Investigação

Ex-marido matou funcionária de supermercado por não aceitar fim do casamento, afirma delegado

O casal estava separado há cerca de quatro meses, e a vítima havia saído de casa em dezembro do ano passado
Delegado afirma que o término do casamento teria sido motivado pelas brigas frequentes e ofensas verbais mútuas. Foto: Reprodução/Redes sociais.
Delegado afirma que o término do casamento teria sido motivado pelas brigas frequentes e ofensas verbais mútuas. Foto: Reprodução/Redes sociais.

O feminicídio registrado na manhã de quinta-feira (24), em um atacadista da Avenida Perimetral Norte, em Goiânia, foi motivado pela não aceitação do fim de um relacionamento de 36 anos. A informação é do delegado Carlos Alfama, da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH), responsável pela apuração do caso.

Segundo a Polícia Civil, Valdinez Borges de Oliveira, de 62 anos, matou a ex-esposa, Sílvia Barros Marinho, de 61, com quatro disparos de arma de fogo dentro do supermercado onde ela trabalhava, e tirou a própria vida logo em seguida. O casal estava separado há cerca de quatro meses, e a vítima havia saído de casa em dezembro do ano passado.

“Ele não aceitou o término do casamento e hoje decidiu vir ao local em que ela trabalhava para matá-la. Eles foram casados por 36 anos. Não há registro de ameaças anteriores nem histórico de violência física praticada por ele contra ela”, explicou o delegado Carlos Alfama. Familiares e amigos confirmaram que, apesar das constantes discussões entre o casal, Sílvia nunca relatou ter sido agredida fisicamente.

De acordo com Alfama, o término do casamento teria sido motivado pelas brigas frequentes e ofensas verbais mútuas. “Eles tinham discussões com agressões morais tanto da parte dele quanto da dela”, disse.

O tenente-coronel da Polícia Militar Evando Polidório, que atendeu a ocorrência, informou que o casal tinha dois filhos. A arma usada no crime, segundo a investigação, não estava registrada em nome de Valdinez, que também não possuía porte legal. A Polícia Civil vai apurar como ele teve acesso ao armamento.

Ainda segundo o delegado, Valdinez sabia exatamente onde a ex-companheira trabalhava e qual função ela exercia no supermercado, o que indica que o crime foi premeditado. Até o momento, não há registro de boletins de ocorrência com base na Lei Maria da Penha relacionados ao casal.

O caso é investigado como feminicídio seguido de suicídio.


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