A defesa de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, solicitou nesta terça-feira (18) ao Supremo Tribunal Federal (STF) o desbloqueio de seu salário. Barbosa foi preso no ano passado durante a investigação sobre seu suposto envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Como resultado de sua prisão, o salário de Barbosa foi bloqueado por ordem do ministro Alexandre de Moraes.
Na petição, os advogados afirmam que Barbosa está com o salário suspenso há um ano, o que tem dificultado o pagamento das contas domésticas. De acordo com a defesa, em uma planilha apresentada, os gastos mensais chegam a R$ 24,8 mil. “A situação financeira da família do acusado foi severamente afetada, pois ele depende de sua renda para atender às necessidades mínimas de sua casa”, argumenta a defesa.
Além de Barbosa, estão presos em presídios federais o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, e o deputado federal Chiquinho Brazão, irmão de Domingos, ambos acusados de envolvimento no assassinato de Marielle. Eles também respondem como réus pelas acusações.
A investigação da Polícia Federal aponta que o assassinato de Marielle estaria relacionado à oposição da vereadora aos interesses do grupo político liderado pelos irmãos Brazão, com vínculos com questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio.
Segundo a delação premiada do ex-policial Ronnie Lessa, réu confesso pelo disparo contra a vereadora, os irmãos Brazão e Barbosa seriam os mandantes do crime, com Barbosa supostamente participando dos preparativos da execução.
Com informações da Agência Brasil
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