19 de maio de 2025
Economia • atualizado em 08/05/2025 às 15:36

Empresários reforçam ação contra redução da jornada 6×1 para 5×2, diz presidente da Acieg

Segundo Fileti, a mudança pode prejudicar o setor empresarial
Rubens Filete, presidente da Acieg. Foto: Cristiano Borges
Rubens Filete, presidente da Acieg. Foto: Cristiano Borges

Em entrevista ao Diário de Goiás, o presidente da Acieg, Rubens Fileti, afirmou que a redução da jornada de trabalho, em discussão no Congresso Nacional, não é algo benéfico ao setor empresarial. Segundo ele, várias outras pautas devem ser debatidas antes da mudança.

“É algo que pode prejudicar muito o setor da economia, principalmente shopping e varejo”, frisou. “Você reduzir esse número de horas trabalhadas, de acordo com a nossa CLT, do jeito que ela é hoje, tem um agravo e um problema jurídico que pode persistir nos próximos anos”, salientou.

Segundo Fileti, há insegurança jurídica em cima da temática, visto que a lei trabalhista do Brasil é muito antiga. “Ela precisava ser um pouquinho modernizada, para dar garantia a outros itens, para que a gente pudesse realmente embarcar algo nesse sentido. Acho que a gente tem muitos outros temas que podem ser discutidos na lei, além da jornada de trabalho”, pontuou.

O presidente da Acieg disse que a mudança resultaria em uma modificada na economia que pode prejudicar os empresários e apontou existir, atualmente, dificuldades para contratações. De acordo com Fileti, não há profissionais qualificados.

“Hoje nós não encontramos nenhum colaborador para trabalhar. O problema da qualificação da mão de obra está muito grave, o problema da reposição de trabalho está muito grave e os incentivos que alguns governos dá, os benefícios sociais, acabou agravando e criando uma comunidade que realmente não quer trabalhar, quer ficar dependendo de incentivos e benefícios que acabam atrapalhando o dia a dia”, ponderou.

O presidente da Acieg disse que a categoria acompanha as discussões em Brasília e pretende fazer intervenções para que a proposta não avance. “Vamos fazer um estudo técnico e uma pressão, junto à nossa bancada federal, para que a gente possa efetivamente acompanhar e não deixar aprovar do jeito que está sendo encaminhada a proposta”, enfatizou, com a afirmativa de que a lei atual não é benéfica ao trabalhador, tampouco para o empresário.


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