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Em paralelo à maior crise de imagem de sua história, o Facebook também enfrenta uma perda de anunciantes, que pode ter forte impacto sobre seu faturamento.
Nos últimos dias, Mozilla, a empresa por trás do navegador de internet, Sonos, uma fabricante de caixas de som inteligentes, e o banco alemão Commerzbank deixaram de usar a plataforma em suas estratégias publicitárias.
Executivos do Mozilla disseram que as mudanças nos controles de segurança anunciadas pelo presidente e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, apontam para o caminho certo, mas que só voltariam a anunciar na rede social quando ela “adotar atitudes mais fortes com relação ao compartilhamento dos dados de seus usuários”.
O Commerzbank, a segunda maior instituição financeira da Alemanha, disse que estava suspendendo anúncios por desconfiar de mecanismos de segurança da firma.
Enquanto isso, a Sonos decidiu fazer só uma pausa de uma semana em suas ações publicitárias no Facebook, mas acendeu um sinal de alerta no mercado ao tomar essa mesma medida em relação ao Instagram, outra firma do grupo de Zuckerberg, além do Google e do Twitter.
Num setor tão dependente de verbas publicitárias, uma revolta de anunciantes gerada pela quebra de confiança no “big tech” pode ter impacto catastrófico -98% do faturamento do Facebook vem de anúncios, por exemplo.
“Este é o momento de termos discussões difíceis e de apoiar aqueles que fazem avançar as coisas num esforço para nos tornarmos melhores tecnólogos e consumidores mais educados da tecnologia”, diz uma nota da Sonos.
Importantes agências de publicidade também vêm ameaçando o Facebook em nome de seus clientes. Lideranças do grupo britânico ISBA, que detém as contas de alguns gigantes como Unilever, McDonald’s e Adidas, chegaram a se reunir com executivos da rede social para exigir uma mudança de atitude.
Numa carta a seus clientes divulgada pela CNN, o grupo disse que a proteção de dados já se tornou prioridade para o Facebook e que “eles têm muito trabalho a fazer”.
O diretor da agência M&C Saatchi, uma das maiores do Reino Unido, também disse que a paciência de seus clientes havia chegado ao limite.
(FOLHA PRESS)