02 de novembro de 2024
Sem acordo

Em greve, administrativos da educação de Goiânia aguardam proposta da Prefeitura

Nesta segunda, profissionais aguardam negociação na ante sala do prefeito Rogério Cruz, ainda sem nenhum retorno
Categoria busca com nova assembleia o reajuste de 6% no pagamento da data-base de 2023 e demais reajustes (Sintego)
Categoria busca com nova assembleia o reajuste de 6% no pagamento da data-base de 2023 e demais reajustes (Sintego)

“Só saio daqui com uma proposta”. É oque disse a deputada estadual e presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia de Lima. Ela afirmou ao Diário de Goiás que os trabalhadores estão concentrados nessa segunda-feira (16) em frente ao Paço Municipal desde às 9 horas da manhã em busca de acordo com a Prefeitura.

Até o fechamento desta matéria, a Sintego informou que os profissionais aguardam na ante sala do prefeito Rogério Cruz, sem nenhum retorno quanto a negociação, prevista para essa semana. A categoria busca com nova Assembleia o reajuste de 6% no pagamento da data-base de 2023, um novo plano de carreira e a equiparação no auxílio locomoção, que hoje é de R$ 300 e os profissionais pedem que seja de R$ 600, o mesmo valor para professores.

A Sintego afirmou também que os administrativos da educação são pessoas que trabalham para garantir o funcionamento das escolas, creches, CMEIs e CEIs, e recebem os menores salários de toda a prefeitura de Goiânia. Na tentativa de mudar essa realidade, ou até mesmo melhorar com devidos reajustes, os profissionais aderiram a greve.

Em nota a Prefeitura afirmou que os direitos já foram adquiridos pelos servidores. “Na atual administração, os administrativos foram beneficiados com a criação do auxílio locomoção de R$ 300 e com o pagamento de três datas-bases que estavam em atraso”.

Entenda a greve

Ainda em setembro os servidores administrativos da educação, tentaram um acordo com o Paço Municipal para que a prefeitura apresentasse um plano de melhorias. Sem sucesso na solicitação, decidiram por unanimidade seguir com a greve que dura até hoje.

Até a apresentação de uma proposta que os administrativos aceitem, serviços de limpeza, portaria, merendas, auxiliar de secretaria e auxiliar de sala estão comprometidos. Cerca de 120 unidades escolares e Centros Municipais de Educação Infantil em Goiânia, de um total de 400, enfrentam interrupções nos serviços.

A Prefeitura de Goiânia em nota afirmou que atrasar o ano letivo com a paralisação pode interferir no processo de ensino-aprendizagem em um momento decisivo na educação. E a justificativa para o não pagamento da data base seria devido a queda de repasses federais.


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