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Em Fórum de debate político e econômico, Marconi defende projeto ousado para o país, com cortes de gastos públicos e aprovação de reformas essenciais

 

Ao fazer análise do momento político e econômico brasileiro no Fórum Goiás de Debate “Virada de Página na Política e Economia – Nova Visão de Gestão de Estado”, o governador Marconi Perillo defendeu projeto ousado para o país, com cortes de gastos públicos e aprovação de reformas essenciais.

Marconi alegou que, quando os governos vão bem, as pessoas se sentem bem e têm a autoestima elevada e vice-versa. “A ditadura caiu por isso. E mais recente temos o caso da ex-presidente Dilma Rousseff”, declarou.

“Acho que o próximo presidente do Brasil deverá, após ganhar as eleições, ampliar amplo leque de reformas, especialmente as mais essenciais, e apresentá-las ao Congresso Nacional no primeiro dia do governo. Mudanças corajosas. Acho exagero os gastos do Brasil com justiças especializadas. Acho exagero ter três senadores por Estado e um Congresso com tantos deputados federais. Vamos precisar de alguém com coragem para colocar o dedo nas feridas”, avaliou o governador.

 Governo Temer – Para ele, o presidente da República, Michel Temer, tomou medidas certas na hora oportuna. “Ele foi alertado, certa vez, por um publicitário, de que deveria aproveitar o momento de baixa popularidade para se preocupar com sua biografia. E ele teve coragem. Encaminhou as reformas necessárias ao Congresso e, como resultado, tivemos uma inflação que despencou de 10 para 3; taxa Selic de 15 para 6; e o PIB começa a reagir, crescendo, e, consequentemente, o emprego.

Falou também sobre a surpresa com pesquisa eleitoral, publicada há dois dias. “O que me chamou a atenção não foi o resultado da pesquisa, mas a aprovação do governo Temer, que, até pouco tempo, era 6; hoje, em São Paulo, o presidente chegou a 15. Ou seja, Temer pode ter todos os defeitos, mas está consertando a economia do país”.

Gastos da União – Marconi reforçou sua avaliação de que a União gasta pouco com áreas essenciais: “O SUS é mal financiado, quem cuida para valer da Saúde são os Estados e os Municípios; e na Educação, a mesma coisa. Segurança Pública é um disparate. A Constituição não previu que a União investisse recursos na segurança do cidadão. Isso faz com que, a cada ano, os Estados invistam mais para anteder às demandas constantes”. O governo de Goiás investiu em Segurança, citou o governador, em 2011, R$ 1,4 bilhão. Em 2017, R$ 3,3 bilhões. “Então é preciso que haja maior investimento por parte da União.”

Disse ainda que está animado com o crescimento do PIB e as boas perspectivas. “Apesar do clima das eleições e do populismo eleitoral daqueles que querem se eleger sem se preocupar com o compromisso em relação ao que deve ser feito no país, acho que o Brasil vai avançar muito este ano”, sentenciou.

 “Delação fim do mundo” – “Minutos antes da chamada “Delação fim do mundo”, eu estava em uma rodada de entrevistas na redação da Folha de S. Paulo. Naquele dia, ao ser questionado sobre o que iria acontecer após deleções da Operação Lava Jato, disse que achava que iria acontecer uma deterioração do Congresso Nacional e da política. Depois, veio o financiamento público. Com a ausência de uma regulamentação em relação ao financiamento de campanha, teremos crescimento grande de candidatos apoiados por igrejas, sindicatos e crimes organizados, e candidatos endinheirados. Infelizmente, isso vai acontecer. Tem gente que acha que pode continuar fazendo caixa dois, que nada vai acontecer”, afirmou.

 Afirmou também não acreditar que o brasileiro vá escolher, nas eleições deste ano, um candidato de extrema esquerda ou direita ou comprometido com populismo de extrema esquerda ou direita: “Acho que vai prevalecer o bom senso e que o eleitor vai votar em quem tem experiência, é equilibrado e tem boa história de vida. É preciso ter uma presidência, sobretudo, comprometida com as reformas. Bertolt Brecht dizia que o pior ignorante é o que diz que não gosta de política, esquecendo que, da política, resulta o preço do feijão, do leite e de tudo na vida. Vamos continuar dependendo da política. E o importante é fazer o melhor e procurar acertar”.

 Burocracia – “A burocracia capturou o Estado – observou Marconi – é a sensação que tenho depois de quatro mandatos de governador. É preciso mudar radicalmente isso. Em Goiás, eu mudei a Saúde. Hoje, todos os hospitais são geridos por Organizações Sociais (OSs); oferecem saúde de qualidade, humanizada. Vamos receber, agora, o 6º título da Organização Nacional de Acreditação por excelência nas nossas gestões. Vamos ter, agora, a certificação máxima do segundo hospital estadual no máximo de acreditação em hospital público. Deu certo porque tivemos a coragem de romper com o status quo da época. Hoje, temos mais servidores celetistas que estatutários. Isso terá um reflexo de economia na previdência. Estado não deve ter a obrigatoriedade pelos serviços essenciais. O modelo da saúde precisa ser levado para Educação e Segurança Pública também. Vamos ter de estudar uma forma de o Estado deixar de ser capturado pela burocracia”.

 Para ele, a produtividade deve ser pensada como alguns cientistas e economistas pensaram o Plano Real. “Não imaginava que um dia a gente pudesse derrubar a inflação no Brasil. Nós conseguimos com o Plano Real. Vamos precisar enfrentar esse desafio da produtividade. Ele é o maior gargalo e calcanhar de Aquiles do crescimento no país. Em Goiás, tivemos, entre 2005 e 2015, redução das desigualdades sociais.  A renda dos 20% mais pobres cresceu duas vezes mais que os 20% mais ricos. Não foi melhor o desempenho por conta da produtividade no Brasil”, assinalou.

 Reformas – “Acho que o próximo presidente do Brasil deverá, após ganhar as eleições, ampliar amplo leque de reformas, especialmente as mais essenciais, e apresentá-las ao Congresso Nacional no primeiro dia do governo. Mudanças corajosas. Acho exagero os gastos do Brasil com justiças especializadas; acho exagero ter três senadores por Estado e um Congresso com tantos deputados federais. Vamos precisar de alguém com coragem para colocar o dedo nas feridas”, finalizou Marconi.

Laura Santos Braga

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