12 de novembro de 2024
Análise • atualizado em 10/10/2024 às 19:18

“Duas formas completamente diferentes de fazer política”, compara presidente do Republicanos sobre Mabel e Fred

A vereadora Sabrina Garcez afirma que o partido vai manter o posicionamento de apoiar Sandro Mabel e detalha as diferenças dos dois candidatos, apesar de ambos serem da direita
A vereadora Sabrina Garcez, presidente do Republicanos Goiânia, analisa efeitos da polarização política e compara candidatos. Foto: Reprodução
A vereadora Sabrina Garcez, presidente do Republicanos Goiânia, analisa efeitos da polarização política e compara candidatos. Foto: Reprodução

A vereadora e presidente do Republicanos Goiânia, Sabrina Garcez, acredita que o candidato a prefeito de Goiânia, Fred Rodrigues (PL), enfrentará uma rejeição maior nas urnas, neste segundo turno das eleições municipais, disputando com Sandro Mabel (União Brasil). Apesar de ambos serem considerados candidatos de direita, Sabrina analisa que Fred, por ser de extrema-direita sofrerá mais com os efeitos da polarização política.

Em entrevista ao editor-chefe do Diário de Goiás, Altair Tavares, a presidente do Republicanos avaliou a situação e afirmou que o partido vai continuar apoiando o candidato da base governista. “O partido mantém o posicionamento do primeiro turno, que foi apoiar o Mabel. Agora mais unido, porque nós havíamos feito um processo de discussão interna e decidimos liberar aqueles candidatos que quisessem apoiar outros candidatos a prefeito. Nesse segundo turno, o partido está fechado 100% com o nosso candidato a prefeito, Sandro Mabel”, ponderou.

Rejeição

Conforme análise de Garcez, por ser de extrema-direita, Fred Rodrigues pode enfrentar mais problemas com rejeição do que Mabel. “Os dois são candidatos de direita, mas o bolsonarismo, como ele está mais para o extremo, ele tem uma rejeição maior”, avalia.

Segundo ela, apesar do crescimento do candidato do PL nas últimas semanas antes do primeiro turno, a polarização política pode ser um fator negativo para o segundo turno. “Nós vimos esse crescimento do Fred na última semana de eleição, então o bolsonarismo vem logo para a aprovação. Mas, a rejeição também é muito alta, e a gente percebe isso na polarização, esses são os efeitos da polarização”, destaca.

Apoio vindo de outros lados

Em sua concepção, a tendência é que os eleitores de Adriana Accorsi (PT), Matheus Ribeiro (PSDB) e Vanderlan Cardoso (PSD), apostem seus votos em Mabel, justamente, por conta desta polarização extremista. “Apesar de termos dois candidatos de direita, os eleitores que são de centro, os eleitores que são de centro-esquerda, podem fazer uma aposta por um candidato de direita, mas um candidato que não está no extremo”, indica, apontando para escolha a Sandro Mabel.

Questionada sobre as principais diferenças entre os candidatos, Sabrina Garcez indica a forma de fazer política. “Nós estamos enfrentando duas formas completamente diferentes. Uma, que é uma política que tem dado certo nesses últimos anos, que é a política das redes, que é essa política do WhatsApp. E nós temos a política tradicional, que é a do pedir voto, do convencimento”, detalha. 

A presidente do Republicanos justifica o apoio do partido a Mabel. “A pauta ideológica está cada vez mais forte nas discussões políticas, mas mais do que uma pauta ideológica nesse momento, Goiânia precisa de um gestor, precisa de alguém que dê conta de dar as respostas que a sociedade tanto espera”, pontua.

E acrescenta, fazendo um comparativo com a atual gestão fracassada de Rogério Cruz (Solidariedade), ex-Republicano: “Sobre a gestão, eu espero muito que Goiânia acerte dessa vez. Porque se a gente passar por um outro processo traumático de gestão, em que um gestor não tenha as qualidades necessárias para colocar a Goiânia nos eixos de novo, eu tenho muita preocupação com o que a nossa cidade vai virar”, reitera.


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