23 de maio de 2025
Economia

Dívida Pública do Brasil sobe em março e supera R$ 7,5 trilhões

Mesmo com alta de 0,22% no mês passado, a Dívida Pública Federal continua abaixo do previsto
Essa é a primeira vez na história que a dívida pública supera a marca dos R$ 7,5 trilhões. Foto: Reprodução
Essa é a primeira vez na história que a dívida pública supera a marca dos R$ 7,5 trilhões. Foto: Reprodução

Com alta de 0,22% em março, a Dívida Pública Federal (DPF) ultrapassou, pela primeira vez na história, a marca de R$ 7,5 trilhões. O aumento foi impulsionado pelos juros. Os números foram divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (30).

A DPF passou de R$ 7,492 trilhões em fevereiro para R$ 7,508 trilhões em março. Apesar da alta histórica, a Dívida Pública brasileira continua abaixo do previsto. Conforme o Plano Anual de Financiamento (PAF), apresentado no início de fevereiro, o estoque da DPF deve encerrar 2025 entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões.

O último recorde histórico da DPF foi registrado em junho de 2024, quando o indicador ultrapassou a barreira dos R$ 7 trilhões pela primeira vez. Segundo o histórico apresentado, a Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 0,29%, passando de R$ 7,178 trilhões em fevereiro para R$ 7,199 trilhões em março.

Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) caiu 1,53%, passando de R$ 314,34 bilhões em fevereiro para R$ 309,54 bilhões em março. O principal fator foi a queda de 1,53% do dólar no mês passado.

Fatores motivadores

Após uma recuperação em fevereiro, o colchão da dívida pública, que é a reserva financeira usada em momentos de turbulência ou de forte concentração de vencimentos, caiu levemente. Essa reserva passou de R$ 889 bilhões em fevereiro para R$ 869 bilhões no mês passado. O principal motivo, segundo o Tesouro Nacional, foi o forte resgate líquido (resgate menos emissões) no mês passado.

Atualmente, o colchão cobre 6,72 meses de vencimentos da dívida pública. Nos próximos 12 meses, está previsto o vencimento de R$ 1,404 trilhão em títulos federais.

Por meio da dívida pública, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores para honrar compromissos financeiros. Em troca, compromete-se a devolver os recursos depois de alguns anos, com alguma correção, que pode seguir a taxa Selic (juros básicos da economia), a inflação, o dólar ou ser prefixada (definida com antecedência).

Com informações da Agência Brasil


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