Publicidade

Dilma critica FHC e diz que país vive ‘espécie de Estado de exceção’

Por 8 anos atrás

A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou, em evento em São Paulo nesta sexta-feira (9), que seu impeachment teve como objetivo “completar o trabalho que foi deixado interrompido pelo governo FHC”.

“O objetivo fundamental do golpe, do meu impeachment, é se aproveitar da crise para resolver o conflito distributivo a favor da grande mídia, dos segmentos empresariais, dos setores conservadores”, afirmou. “Para quê? Para completar o trabalho que foi deixado interrompido pelo governo FHC.”

Publicidade

A petista afirmou que o tucano, antecessor de Luiz Inácio Lula da Silva na Presidência, “não conseguiu privatizar a Petrobras, a Eletrobras, e ‘virar a página do Getúlio’, ou seja, acabar com os direitos trabalhistas”.

Publicidade

Dilma participou da conferência de abertura do seminário “Nossa América Nuestra”, organizado pela Fundação Perseu Abramo, ao lado da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner.

Publicidade

Ela voltou a criticar a agenda econômica de Michel Temer (PMDB), principalmente a PEC 55, que estabelece um teto para os gastos públicos por 20 anos, e a reforma da Previdência.

“Esse programa não tem como ser implantado passando por debate”, afirmou a petista, para quem há, no Brasil, “uma espécie de Estado de exceção”.

Publicidade

“É o golpe no golpe. O que eles querem? A possibilidade de uma eleição indireta”, disse. “Pode haver a tentação de um golpe no golpe, como houve na ditadura. Primeiro o de 1964 e depois o de 1968, uma radicalização.”

FISIOLOGISMO

Na fala, a petista cometeu uma gafe enquanto explicava os efeitos do que chamou de excesso de partidos no Brasil.

“Isso significa negociação de cargos, benesses e o mais negro fisiologismo. Aliás, o mais branco fisiologismo”, se corrigiu. “Me desculpem os brancos, mas normalmente são homens velhos, brancos e ricos.”

 

(FOLHA PRESS)

Publicidade
Compartilhar