16 de fevereiro de 2025
SERVIDORES AFASTADOS

DGPP afasta também dois agentes penais por suspeita de abuso sexual de detentas

Já havia afastamento de um médico e um enfermeiro; detenta engravidou do enfermeiro dentro do posto de saúde da CPP
Caso envolve médico, enfermeiro e dois agentes penais que atuavam na CPP, segundo DGPP - Foto: reprodução DGPP
Caso envolve médico, enfermeiro e dois agentes penais que atuavam na CPP, segundo DGPP - Foto: reprodução DGPP

Nesta segunda-feira (3) a Diretoria-Geral de Polícia Penal (DGPP) confirmou que são quatro os afastados por suspeitas de abuso sexual de detentas dentro do posto de saúde da Casa de Prisão Provisória (CPP) de Aparecida de Goiânia. Além do médico e do enfermeiro, citados na reportagem do Diário de Goiás de sábado (1º), foi confirmado que dois agentes penais também foram afastados. Todos estão proibidos de terem acesso a qualquer unidade prisional goiana enquanto a apuração ocorrer.

O diretor-geral da DGPP, Josimar Pires, expediu um despacho com medidas cautelares de urgência a respeito do caso, baseado na sindicância que está em andamento na Corregedoria do órgão, por solicitação dele (confira o documento ao final). A Corregedoria solicitou o afastamento preventivo dos dois agentes.

Afastamento e armas apreendidas

Com isso, foi afastado por 180 dias o policial penal José Rodrigues Bulhões Gama. O documento não detalha, mas informa que ele está “envolvido com maior gravidade” no caso. Gama também teve o porte de arma suspenso.

Já o policial penal Lucas Moreira de Souza foi afastado por 30 dias. Além disso, Josimar Pires determinou o recolhimento das identidades funcionais e das armas de ambos.

Os dois continuarão recebendo os salários enquanto perdurarem as investigações.

SMS encerrou contrato de médico e enfermeiro lotados na CPP e investigados pela DGPP

Já o médico Jehovah de Sousa Sobrinho e o enfermeiro Jonathan Augusto Ferreira, que são servidores da Secretaria Municipal de Saúde de Aparecida, foram afastados do atendimento na CPP e proibidos de adentrarem nas demais unidades do sistema prisional. A Secretaria tem convênio com a DGPP.

A SMS de Aparecida informou ao Diário de Goiás nesta segunda-feira que tomou conhecimento dos fatos pela Gerência de Saúde da Polícia Penal, que os fatos ocorreram no ano passado e que “os contratos dos profissionais envolvidos estão encerrados”.

A reportagem não conseguiu localizar o contato de nenhum dos quatro investigados. O espaço está aberto para a manifestação deles.

Enfermeiro levou teste de gravidez para CPP

Conforme apuração da Tv Anhanguera, Jonathan Augusto Ferreira prestava serviço na CPP havia cerca de seis meses. A detenta que engravidou está esperando um filho dele, conforme revelou a emissora. Em reportagem exibida nesta segunda, foi informado que o enfermeiro até teria levado para a CPP um teste de gravidez para confirmar a gestação da mulher.

Como mostrou o DG no sábado, a detenta que está gestante foi transferida da CPP. Ela agora está na Unidade Prisional de Inhumas para resguardar sua integridade física.

Além dela, outra detenta prestou depoimento e também confirmou ter mantido relações sexuais dentro do posto de saúde.


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