Um vídeo gravado pela deputada federal Tabata Amaral (PSB/SP) narra de forma contundente as denúncias que levaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) a denunciar o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), e mais 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes graves, e defende que não haja anistia. Publicado na noite de sexta-feira (21), o vídeo já tinha mais de 137 mil visualizações, 12 mil comentários e quase 60 mil compartilhamentos na tarde deste sábado (22).
“O presidente Lula e o vice Geraldo Alckmin assassinados! O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, preso e depois morto! Jair Bolsonaro de volta ao poder, sem eleição e sem data para sair! Essa poderia ser a realidade do Brasil hoje”, sentencia a deputada logo no início do vídeo. Em determinado momento ela chama as pessoas à reflexão sobre se “mandar matar adversários” é bom para as famílias brasileiras.
Depois, a parlamentar parte para explicar de forma resumida o contexto de delação, provas, depoimentos, dinheiro, joias e vários outros elementos que, de forma intercalada ao que a Polícia Federal apurou e indicou em inquérito, levaram o procurador-geral da República, Paulo Gonet, a denunciar o grupo ao STF esta semana.
Na legenda do vídeo no Instagram, Tabata escreveu: “A nossa sorte é que o líder desse plano [para dar um golpe de Estado] era um político com uma trajetória consistente de fracasso e incompetência. Que Jair Bolsonaro tenha o amplo direito de defesa que ele nunca daria a um adversário!”, pontuou.
Julgamento, sem anistia
Defendendo no vídeo que haja julgamento e punição, ao invés da reivindicada anistia antecipada que os bolsonaristas têm pedido, Tabata Amaral relembra o histórico do ex-presidente durante a pandemia, enquanto milhares de pessoas morriam, e ele ria, chocando a nação em luto. Tabata pede que haja também julgamento e punição ao ex-presidente no inquérito das vacinas contra Covid-19.
Além disso, ela também remete ao filme brasileiro Ainda Estou Aqui – já bastante premiado e que ainda concorre ao Oscar, retratando crueldades da ditadura militar -, para lembrar que Bolsonaro acabou com o grupo de trabalho que tentava localizar os restos mortais de vítimas do período, como o deputado federal Marcelo Rubens Paiva, retratado no filme com a esposa Eunice Paiva que buscava a ossada, mas obteve apenas a certidão de óbito. “Para ele [Bolsonaro], isso tudo é motivo de piada. Por isso, não pode haver anistia”, apontou ela.
Assista o vídeo abaixo!
A defesa de Bolsonaro tem divulgado que a denúncia da PGR não tem consistência.
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