Possível pré-candidato a deputado federal em 2026, pelo PL, o presidente do Detran Goiás, Delegado Waldir, avaliou, em entrevista ao Diário de Goiás, nesta terça-feira (11), o cenário eleitoral para o próximo pleito em meio a uma crise entre integrantes da sigla em Goiás.
Ao editor-chefe deste veículo, Altair Tavares, o político disse ter recebido uma visita de Major Vitor Hugo, que afirmou que a pretensão de Bolsonaro é “tomar” o Senado Federal. “Hoje não tem maioria, mas agora a gente vai ter a eleição de dois terços do Senado. E até o atual presidente [Lula] manifestou que troca cinco governadores por um senador. Então você viu que a prioridade de todos os partidos é a eleição de senadores, tanto da direita, da parte ideológica, tanto da direita como da esquerda”, disse.
Diante da afirmativa, apontou a possibilidade de união entre o PL e o MDB no Estado, o que reforça uma possível articulação política ocorrida durante o encontro de Daniel Vilela e Bolsonaro, mediado por Vitor Hugo.
“Vejo que a tendência em Goiás é o PL se juntar ao MDB, oferecendo a segunda vaga ao Senado. Eu acredito que a primeira vaga, caso não haja mudanças, é da Gracinha Caiado e a segunda seria do Vitor Hugo”, frisou. “Eu acho que repete 2022, onde nós teríamos um cenário na base com mais de um candidato ao Senado. E aí, cada um por si, Deus por todos”, acrescentou.
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Com relação a Wilder à Wilder Morais, afirmou: “Com todo respeito aos votos que ele teve para o Senado, mas quem decide no PL é Valdemar da Costa Neto. Acima dele, é Bolsonaro e Bolsonaro já foi claro em várias entrevistas. A gente não precisa ser repetitivo, ele quer eleição de senadores. Ele percebeu que apenas a eleição de deputados não lhe satisfaz, e ele quer, sem dúvida nenhuma, tomar o Senado”, pontuou.
A avaliação de Waldir é que a esquerda conta, atualmente, com poucos candidatos. Por isso, afirma enxergar tal tendência, na qual se posiciona favorável. “A minha principal pretensão é que a direita não se divida. Se a direita não se dividir, em 2026 nós elegemos o próximo presidente da República”, enfatizou.
Com relação à disputa pela Presidência e a divisão do “Bolsonarismo” com o “Caiadismo”, apontou para uma vantagem existente apenas a nível regional. “Eu não iria para uma disputa nacional. Eu não acredito que uma disputa nacional, com a direita dividida, a gente tenha sucesso. Eu acho que fica a esquerda mais forte. A direita tem que conversar, ter um candidato único para a gente em 2026 voltar e tomar o poder”, avaliou.
Waldir ressaltou, ainda, que o objetivo, com relação ao Senado Federal, visa mudanças no Supremo Tribunal Federal (STF). “Isso vai com certeza implicar muito nas decisões futuras do STF, considerando que a direita entende que o STF tem um lado obscuro hoje, nas decisões contra a liberdade de expressão e a legalização das drogas, pautas que são de identidade da direita brasileira. Então essa é a pretensão”, disse.
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