Em entrevista a Altair Tavares, editor-chefe do Diário de Goiás, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) revelou que já trabalha ativamente no planejamento de um futuro governo, caso seja eleito em 2026, e que mira transformações na eficiência da gestão pública em Goiás.
“Um governo bem-sucedido precisa ser precedido de planejamento”, afirmou Daniel. Ele destacou que, embora o governador Ronaldo Caiado (UB) continue liderando todas as decisões do Executivo, já há uma articulação clara para garantir continuidade administrativa e avanços estratégicos no futuro:
O governador sempre brinca nas reuniões do secretariado: ‘Projeto novo, vocês já discutem com o Daniel’.
Segundo ele, o foco neste momento não está na criação de novos programas para o atual mandato, mas na elaboração de soluções para gargalos existentes e no fortalecimento da eficiência fiscal. “Não adianta a gente agora querer criar novas ações nesse último ano do governador Caiado”, pontuou. “A gente não pode esperar o ano que vem para planejar”.
Meta: 20% de investimento e uso estratégico do orçamento
Um dos pontos centrais do planejamento conduzido por Daniel Vilela é o aumento da taxa de investimento do Estado. “Hoje o Estado investe aproximadamente 8%. A gente acredita que é possível alcançar um patamar de até 20%, o que representaria um governo altamente eficiente”, projetou.
De acordo com ele, essa meta é ambiciosa, mas viável, considerando a situação fiscal favorável do Estado. “Temos um equilíbrio fiscal, uma poupança financeira bem robusta, e precisamos transformar isso em investimento”, disse. “Se conseguirmos isso, Goiás será o Estado mais eficiente em investimento do Brasil. Essa é nossa meta”.
Articulação com prefeitos e gestão compartilhada com Caiado
Daniel também comentou o papel que vem exercendo na atual gestão, incluindo articulações políticas e relacionamento com prefeitos. “Temos uma relação de absoluta confiança. O governador tem em mim alguém disposto a trabalhar, liderar e ajudar a fazer com que o governo dê certo”, destacou.
Ele defendeu que a atuação ativa do vice deve ser encarada como algo natural, e não como exceção. “Às vezes, a posição de vice não é ocupada por pessoas dispostas a estar à frente, ajudando. Mas acredito que a relação entre titular e vice deveria sempre ser assim.”
Consultorias e experiências internacionais
O vice-governador ainda revelou que está buscando referências externas para aprimorar a gestão pública goiana. “Temos constantemente recebido consultorias internacionais. A Marquins esteve conosco recentemente e o BID estará aqui na semana que vem”, anunciou.
Esses encontros têm como objetivo a implementação de ferramentas modernas de gestão, com foco em melhor uso do orçamento público e aumento da eficiência administrativa.
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