06 de julho de 2025
OUVINDO A FAVELA • atualizado em 06/07/2025 às 18:02

CUFA Goiás participa de pesquisa nacional sobre consumo e realidade nas periferias brasileiras

Levantamento da Data Favela percorreu 12 cidades goianas para mapear hábitos, apurar realidade e fortalecer políticas públicas nas comunidades
Levantamento nacional vai ter resultado divulgado no dia 18 incluindo dados de 200 áreas de periferias goianas - Foto: CUFA Goiás
Levantamento nacional vai ter resultado divulgado no dia 18 incluindo dados de 200 áreas de periferias goianas - Foto: CUFA Goiás

A unidade de Goiás da Central Única das Favelas (CUFA) está participando, junto com a consultoria Data Favela, de uma grande pesquisa feita nas periferias brasileiras. O levantamento começou iniciou na sexta-feira (4) e termina neste domingo (6).

No início deste ano, a Data Favela mostrou que a circulação de dinheiro nas periferias é estimada em R$ 300 bilhões, envolvendo 12,3 mil favelas brasileiras, onde o sonho das grandes marcas de consumo é o mesmo da classe A, mas a realidade da aquisição é a de itens básicos. O último levantamento tinha sido realizado em dezembro do ano passado.

Milhares de entrevistadores foram novamente para as ruas de todos os estados para levantar dados atuais sobre hábitos, preferências e comportamentos de quem vive nas favelas e periferias brasileiras.

O resultado nacional está programado para ser divulgado no dia 18 de julho, em São Paulo. Conforme divulgou a CUFA, esta foi uma mobilização histórica.

Mobilização da CUFA em Goiás

Em Goiás, a CUFA está mobilizada com equipes atuando em mais de 200 áreas periféricas de 12 cidades goianas. O intuito é “garantir que a escuta chegue também aos territórios onde chegam menos oportunidades”.

Segundo os organizadores, a pesquisa no estado busca não apenas entender as necessidades e o perfil de consumo local, mas também fortalecer a formulação de políticas públicas e projetos que deem respostas reais aos desafios das comunidades goianas.

Além disso, o levantamento serve para as grandes marcas conhecerem o potencial desse público. Como mostrou reportagem do Valor Econômico de março, a pesquisa ajuda as marcas a superarem os estereótipos que as levam a classificar as periferias como zonas de violência e sequer distinguir as grandes diferenças regionais, culturais e estruturais que existem entre as favelas das regiões geográficas brasileiras.


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