12 de outubro de 2024
Esportes

Corinthians perde do Cruzeiro no primeiro jogo da decisão da Copa do Brasil

Foto: Vinícius Silva / Cruzeiro
Foto: Vinícius Silva / Cruzeiro

LUIZ COSENZO
BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – O Corinthians terá que superar um histórico negativo em jogos mata-mata no Itaquerão para conquistar o tetracampeonato da Copa do Brasil.

Com a derrota para o Cruzeiro por 1 a 0, nesta quarta-feira (10), no Mineirão, o time alvinegro precisará reverter a vantagem do rival, algo que aconteceu apenas uma vez em quatro oportunidades no Itaquerão, inaugurado em 2014, para sagrar-se campeão da competição e garantir vaga na próxima edição da Copa Libertadores.

O levantamento não computa os jogos do Paulista -apenas Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana, competição que nunca o Corinthians decidiu uma vaga em outra frase em Itaquera em desvantagem.

Para ficar com a taça, a equipe paulista precisará ganhar o jogo de volta, marcado para o próximo dia 17, por dois gols de diferença ou um para levar a decisão para os pênaltis.

O Corinthians só conseguiu reverter o placar em seu estádio em 2015, quando perdeu do Bragantino por 1 a 0, fora de casa, e venceu em seu estádio por 3 a 1, pela quarta fase da Copa do Brasil.

Em outras três vezes, o clube foi eliminado quando precisou reverter o placar após sair em desvantagem no primeiro jogo. Em 2015, foi derrotado pelo Guarany (PAR) por 2 a 0 em Assunção e sofreu novo revés por 1 a 0 na segunda partida das oitavas de final da Copa Libertadores.

Menos de dois meses depois, a cena se repetiu diante do Santos, pela quarta fase da Copa do Brasil. Derrota na Vila Belmiro por 2 a 0 e, na sequência, nova vitória santista por 2 a 1.

Neste ano, a história teve novamente final infeliz na disputa das oitavas de final da Libertadores. O time perdeu para o Colo Colo por 1 a 0 no jogo de ida. No confronto de volta, o Corinthians até venceu por 2 a 1, mas foi eliminado nos critérios de gols marcados fora de casa.

O time ainda coleciona eliminações em seu estádio para o Nacional, pela Libertadores-2016, e diante do Internacional, pela Copa do Brasil. Nas duas oportunidades, no entanto, não chegou em desvantagem.

Contra os uruguaios, precisava de uma vitória simples ou um empate sem gols para decidir a vaga ao menos nos pênaltis. Porém, o empate por 2 a 2 tirou a equipe da competição. Diante dos gaúchos, o clube se classificaria com uma igualdade por 0 a 0 -o jogo terminou 1 a 1 e a eliminação aconteceu nos pênaltis.

Se o histórico é ruim para reverter um placar, os corintianos podem se animar pela campanha da equipe até agora em casa na edição deste ano do torneio nacional mata-mata. Em três jogos, obteve triunfos contra Vitória, Chapecoense e Flamengo.

Diante dos baianos e cariocas, o clube empatou o primeiro jogo como visitante por 0 a 0 e ganhou em casa por 3 a 1 e 2 a 1, respectivamente. A competição, porém, não utiliza neste ano como critério de desempate o gol fora de seus domínios, o que contribuiu para o time não se abater, quando sofreu o gol de empate diante do Flamengo, já que a igualdade levaria o confronto aos pênaltis.

Já o Cruzeiro, que busca o hexacampeonato da competição -tem cinco conquistas assim como o Grêmio, os dois maiores vencedores do torneio-, tem um excelente retrospecto como visitante. Venceu Atlético-PR, Santos e Palmeiras.

O triunfo diante do Corinthians nesta quarta foi o primeiro como mandante na atual edição do campeonato. Assim, poderá usar uma de suas armas na partida de volta: a forte marcação defensiva e explorar os contra-ataques.

Tática que o Corinthians tentou nesta quarta-feira para segurar o empate. Jair Ventura escalou Gabriel e Ralf como volantes. O quarteto ofensivo teve Clayson pela esquerda, Romero do lado direito e Matheus Vital e Jadson centralizados.

Quanto recuperava a posse de bola, a equipe procurava tocar de lado ao invés de apostar em uma transição ofensiva rápida. Assim, não exigiu defesas do goleiro Fábio durante os 90 minutos.

Já o Cruzeiro tinha o domínio territorial, girava a bola, mas não conseguia encontrar espaços. Os melhores lances saíram dos pés de Thiago Neves, o melhor jogador da partida, que finalizou quatro vezes.

Na etapa inicial, ele tentou dois chutes de fora da área -um acertou a trave e outro Cássio fez boa defesa- e duas cabeçadas, sendo que uma foi para fora e a outra parou dentro do gol, aos 45 minutos da etapa inicial, após completar cruzamento de Egídio.

Com a vantagem no placar, o Cruzeiro recuou um pouco para apostar nos contra-ataques. Barcos e Dedé tiveram excelentes chances em jogadas pelo alto, mas cabecearam para fora. O Corinthians saiu mais para o jogo, mas assim como na etapa inicial não finalizou no gol de Fábio.

CRUZEIRO

Fábio; Edílson, Dedé, Léo, Egídio; Henrique, Ariel Cabral, Robinho, Thiago Neves (David), Rafinha (Rafael Sobis); Barcos (Raniel). T.: Mano Menezes

CORINTHIANS

Cássio; Fagner, Léo Santos, Henrique, Danilo Avelar; Gabriel, Ralf, Mateus Vital (Araos); Romero, Jadson (Emerson Sheik), Clayson (Pedrinho). T.: Jair Ventura

Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)

Juiz: Anderson Daronco (RS)

Cartões amarelos: Egídio, Thiago Neves (Cruzeiro); Henrique, Léo Santos, Jadson (Corinthians)

Cartão vermelho: Araos (Corinthians)

Gol: Thiago Neves, aos 45min do primeiro tempo


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