14 de outubro de 2024
Cinema & TV

Confira 7 filmes e séries gravadas em Goiás e reconhecidos nacional ou internacionalmente

São produções para todos os gostos, inclusive em dobro para quem gosta de sertanejo, já que tanto a Netflix quanto a Globo estão preparando para lançamentos do gênero; confira
Na imagem, cena de Vento Seco, filme com temática LGBTQIA+ gravado em Catalão e selecionado para Festival de Berlim. (Foto: reprodução)
Na imagem, cena de Vento Seco, filme com temática LGBTQIA+ gravado em Catalão e selecionado para Festival de Berlim. (Foto: reprodução)

Não é surpresa que Goiás possui um forte mercado cinematográfico e boas locações com ambientes de gravação excelentes para gravações. Apesar de não haver tanto investimento, pois na maioria das vezes produções audiovisuais carecem de orçamentos grandes para atrair público, o estado possui muitos eventos que valorizam essa área profissional. O FICA (Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental), por exemplo, que neste ano comemora sua 23ª edição já é um evento consagrado e traz obras goianas, brasileiras e de outros países.

Mas quando se trata de produções gravadas em Goiás, são poucas as que conseguiram destaques nacionais e até internacionais. Diretores e produtores esbarram na falta de investimento ou outros entraves que dificultam a produção de suas obras. Neste sentido, o Diário de Goiás separou 7 produções, filmes e séries, que foram gravadas em Goiás e alcançaram reconhecimento com premiações e repercussão positiva entre a crítica nacional.

Filmes

As Duas Irenes

O filme goiano “As Duas Irenes”, de Fabio Meira, foi lançado em 2017 com apoio do primeiro Fundo de Arte e Cultura de Goiás (FAC – 2014). O drama conta a história da adolescente Irene que, após descobrir que o pai tem uma segunda família e outra filha da mesma idade e nome, se dedica a conhecer a meia-irmã e acaba conhecendo uma Irene completamente diferente dela.

A produção estreou no Festival de Berlim e foi ganhador de quatro Kikitos (símbolo e prêmio máximo) no Festival de Gramado, entre eles o de Melhor Filme pela Crítica e Melhor Roteiro. O filme também recebeu mais de 10 prêmios nacionais e internacionais e entrou em cartaz nos cinemas de todo o Brasil em 2017, quando foi considerado um dos 10 melhores filmes daquele ano. Com 1h e 29 minutos de duração, o filme foi distribuído pela Vitrine Filmes no Brasil e vendido para países como Suécia, Polônia, México, Uruguai e China. Atualmente ele está disponível na Netflix.

Vento Seco

O filme “Vento Seco”, do diretor Daniel Nolasco, é outra produção selecionada para o Festival de Berlim, este no ano de 2020. A produção de temática LGBT+, gravada em Catalão, foi exibida na Mostra Panorama do evento.

O longa conta a história de Sandro, que divide seus dias entre o clube da cidade, o trabalho, o futebol com amigos e as festas da cidade no mês de julho, quando o vento seco e a baixa umidade do ar ressecam a pele dos moradores de uma pequena cidade. Ele tem um relacionamento com Ricardo, seu colega de trabalho. Mas a sua rotina começa a mudar com a chegada de Maicon, um rapaz que desperta o seu interesse e do qual todos sabem muito pouco. O filme está, atualmente, disponível no Telecine Play e na Globoplay.

Vermelha

Lançado em 2019, “Vermelha”, de Getúlio Ribeiro, foi premiado na Mostra Tiradentes do mesmo ano. A produção, gravada no Setor Sudoeste, em Goiânia, está disponível no canal do YouTube da TV UEG. O filme também foi exibido em 9 festivais, em sete estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Bahia e Distrito Federal).

O jornal Folha de S. Paulo chegou a escrever uma crítica em que afirma que Vermelha “é um dos produtos cinematográficos mais originais que o cinema brasileiro já viu em anos”. No site Papo de Cinema, Robledo Milani afirma que a identificação dos personagens como pessoas comuns é um dos maiores méritos do longa-metragem.

O longa traz uma narrativa não-linear com cenas de fantasmas, o início de uma briga física entre cobradores e uma raiz que é desenterrada e enterrada novamente; o pai, Gaúcho, reformando o telhado da casa com o antigo amigo, Beto. Diva, a mãe, e Débora, a irmã do diretor, também contracenam na produção. “Vermelha”, inclusive, é o nome da cachorra da família.

Terra e Luz

Gravado com a luz natural no cerrado goiano, “Terra e Luz”, do diretor Renné França, conta, em um futuro pós-apocalíptico, a história do ser humano que tenta sobreviver e reencontrar sua humanidade. A produção levou o prêmio de melhor filme no Fantaspoa, o maior festival de cinema fantástico da América Latina, e melhor filme escolhido por júri popular no FICA – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental. O filme está disponível no Prime Video.

Séries

Boca a Boca

Lançada pela Netflix em 2020, “Boca a Boca” foi gravada em Goiás e tem como ambiente uma cidade conservadora do interior, e aposta no suspense e ousadia ao tratar sobre um vírus que se transmite pelo beijo através dos jovens, abordando sexualidade, juventude e representatividade. A série possui direção de Esmir Filho e Juliana Rojas, e conta com grandes nomes do cinema brasileiro como Denise Fraga e Bruno Garcia.

A história traz adolescentes em pânico quando são ameaçados por um surto epidêmico causado por uma infecção contagiosa transmitida pelo beijo. Em uma trama contemporânea e misteriosa, a série retrata os desejos de uma juventude conectada em uma realidade física repleta de medo e desconfiança.

Rensga Hits

Apesar de ainda não ter sido lançada, a Globo já está finalizando a série Rensga Hits!, ambientada em Goiás e com temática no universo sertanejo brasileiro. O projeto original do Globoplay, gravado em Goiás, conta com Tia Má, Ernani Moraes, Alejandro Claveaux, Maurício Destri, Fabiana Karla e Deborah Secco. Estas duas últimas vão ser empresárias de cantoras sertanejas rivais, interpretadas por Alice Wegmann e por Lorena Comparato. A trama vai abordar, sobretudo, a rivalidade de duas cantoras do segmento. A estreia está marcada para julho.

Só Se For Por Amor

Também não foi lançada, mas já repercute em todo Brasil, a nova série da Netflix segue a mesma linha da série anterior e promete não economizar na “sofrência”. Sim, também é de temática sertaneja. A produção ambientada em Goiás foi inspirada nas letras das músicas sertanejas para desenvolver uma trama sobre relacionamentos, corações partidos, ambição, fama e sucesso.

O elenco foi anunciado em um vídeo ao som da música Todo Mundo Vai Sofrer, da cantora Marília Mendonça. A série será estrelada por Lucy Alves, Filipe Bragança e Agnes Nunes, que faz seu primeiro trabalho como atriz. A estreia deve acontecer ainda este ano.


Leia mais sobre: / / / / Entretenimento