Nesta sexta-feira (7), a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) anunciou um conjunto de medidas de reestruturação e eficiência para 2025, com o objetivo de reduzir custos operacionais e otimizar a prestação de serviços. As mudanças incluem ajustes na folha de pagamento, reestruturação organizacional e melhorias na gestão de serviços urbanos.
O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, disse em entrevista, que a companhia caminha para alcançar a eficiência por meio de medidas de austeridade que começaram a ser tomadas desde o primeiro dia de sua gestão. “É preciso entender que hoje a Comurg busca ser eficiente, rodar corretamente, não ter nenhum tipo de desvio”, afirmou o prefeito, depois de participar da Assembleia Geral de acionistas da estatal.
Uma das principais ações é a revisão do estatuto da companhia, promovendo maior eficiência e economicidade. Entre as mudanças, está a integração da gestão das atividades-fim e a exclusão de cargos de assessoria que não são obrigatórios pela Lei 13.303/2016.
A composição da Diretoria Executiva também passou por ajustes. A nova estrutura eliminou cargos como a Vice-Presidência e a Assessoria Jurídica, enquanto novas diretorias foram implementadas para atender demandas específicas, como a de Negócios e Inovação e a de Destinação Final de Resíduos. Confira a seguir os principais ajustes estabelecidos:
Área | Medida | Resultado |
---|---|---|
Revisão do Estatuto | Exclusão de assessorias e ajustes administrativos | Maior eficiência |
Diretoria Executiva | Extinção da Vice-Presidência e redistribuição de funções | Redução de custos |
Redução de Custos | Corte de R$ 13,1 milhões na folha de pagamento | Economia de 30,5% |
Serviço Jurídico | Redução do quadro de 45 para 23 profissionais | Economia de R$ 494 mil |
Reorganização Administrativa | Revisão do plano de cargos e salários | Modernização da gestão |
Redução de Custos na Folha de Pagamento
A companhia estima uma redução de 30,5% na folha de pagamento em comparação ao ano anterior. Em janeiro de 2024, os custos com pessoal somavam R$ 43,3 milhões, enquanto para janeiro de 2025 esse valor foi reduzido para R$ 30,1 milhões. Entre as principais ações para essa economia, destacam-se:
- Demissão de comissionados: R$ 3,06 milhões de economia;
- Supressão de cargos de chefia: R$ 115 mil;
- Extinção de múltiplas gratificações não obrigatórias: R$ 1,4 milhão;
- Extinção de comissões remuneradas: R$ 248 mil;
- Recálculo de quinquênios e impostos sobre os salários: R$ 8,3 milhões.
Já a reestruturação do serviço jurídico resultará na redução do número de profissionais de 45 para 23, o que reduzirá o custo da folha de R$ 948 mil para R$ 454 mil. Além disso, estão sendo planejadas terceirizações de parte dos serviços jurídicos para otimizar os custos.
Resultados de 2025
A Comurg também divulgou números expressivos das atividades realizadas em janeiro de 2025:
- Coleta de resíduos hospitalares: 26,2 toneladas;
- Remoção de massa verde: 12,4 mil toneladas;
- Roçagem mecanizada: 3,4 milhões de m²;
- Limpeza de cursos d’água: 130 mil m²;
- Varrição de vias públicas: 160 mil km;
- Podas de árvores: 16,9 mil unidades;
- Produção de mudas: 57,7 mil unidades.
Mabel projeta que até o final do ano a Comurg terá condições para deixar de ser deficitária. “Vamos arrumar. Nós esperamos que até dezembro essa companhia possa efetivamente estar redonda, funcionando com o recurso que ela arrecada”, afirmou, acrescentando que a companhia criou uma diretoria de novos negócios, que atuará para buscar clientes. “Vamos coletar o lixo dos grandes geradores e fazer outros serviços, como recolher entulho. Com isso, vamos diluir os custos e faturar mais para fazer investimentos”.
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