25 de março de 2025
Sem vaga

Comerciantes afirmam que plano de mobilidade de Mabel gerará impactos negativos nas vendas

De acordo com lojistas, restrição de estacionamento em áreas críticas, como a Av. Castelo Branco e Mutirão, afetará o fluxo de consumidores e o comércio local
O plano prevê a restrição de estacionamento nas Avenidas Castelo Branco e Mutirão e nas demais artérias centrais de Goiânia. Foto: Secom
O plano prevê a restrição de estacionamento nas Avenidas Castelo Branco e Mutirão e nas demais artérias centrais de Goiânia. Foto: Secom

Com o início da implantação da restrição de estacionamento em áreas críticas, do Plano Nova Mobilidade, nesta segunda-feira (10), comerciantes se manifestaram contra, afirmando que a medida gerará impactos negativos nas vendas. Anunciado pelo prefeito Sandro Mabel (UB) na semana passada, o projeto prevê, inicialmente, a proibição de estacionamento ao longo das Avenidas Castelo Branco e Mutirão e das Avenidas Jamel Cecílio e 136, com objetivo de liberar uma terceira via e dar maior fluidez no trânsito das artérias centrais da capital.

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia) divulgou nota de posicionamento demonstrando preocupação com a decisão da Prefeitura de eliminar vagas de estacionamento em vias arteriais de Goiânia, como as Avenidas Anhanguera e Castelo Branco. Embora a entidade apoie medidas que visam as melhorias no trânsito e na mobilidade urbana, considera “inaceitável que tal iniciativa seja implementada sem um planejamento adequado que leve em conta os impactos no setor comercial e na economia local”.

Conforme a entidade que representa os lojistas, “a retirada das vagas de estacionamento nessas importantes regiões comerciais afetará o fluxo de consumidores, desestimulando o consumo, reduzindo as vendas e colocando em risco a sobrevivência de centenas de estabelecimentos”. De acordo com a CDL, o comércio de rua já enfrenta uma queda na procura dos consumidores e a dificuldade para conseguir estacionamento pode acentuar o problema, afetando os comerciantes.

A entidade explica que o fluxo de consumidores será desestimulado e pede que a Prefeitura dialogue antes com as entidades do setor varejista. “A CDL Goiânia defende que a administração municipal mantenha um canal aberto de diálogo com as entidades do setor varejista antes de adotar medidas de tamanha envergadura. Qualquer decisão que impacte diretamente a economia da cidade precisa ser debatida amplamente e contar com soluções alternativas que minimizem os prejuízos”, defendeu.

Os lojistas reclamam que não houve um plano de estruturação da Secretaria de Engenharia de Trânsito (SET) para propor alternativas para a questão do estacionamento dos clientes. A entidade argumentou ainda, que, “toda intervenção urbana deve levar em consideração não apenas a mobilidade, mas também a sustentabilidade econômica da cidade”, justificou.

Nova Mobilidade

O projeto Nova Mobilidade prevê a restrição de estacionamento em áreas críticas, regulação de carga e descarga e ajustes geométricos em cruzamentos. De acordo com o prefeito Mabel, serão abertas vagas de estacionamento rotativo nos setores comerciais, como Centro e Campinas, e isso será estendido para demais regiões. “Teremos um estacionamento rotativo digital com a abertura de 6 mil vagas iniciais, começando pelo Centro e Campinas, chegando a 18 mil vagas. Objetivo é dar uma condição de estacionamento melhor e impulsionar o comércio nessas regiões”, afirmou o prefeito no lançamento do Plano Nova Mobilidade, na última sexta-feira (7).

O programa de desobstrução das vias arteriais tem como foco inicial dez principais vias da cidade: Avenida Jamel Cecílio/Avenida 136, Corredores do Sistema BRT Norte-Sul e Leste-Oeste, Avenida 24 de Outubro, Avenida Independência, Avenida Castelo Branco, Avenida Mangalô, 5ª Avenida, Avenida São Francisco, Avenida 85, e Avenida T-10. As iniciativas deverão ser implementadas nos 100 primeiros dias de gestão do prefeito Sandro Mabel. 


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