23 de março de 2025
LIBERAÇÃO DE EMENDAS • atualizado em 28/02/2025 às 17:47

Com 6 votos a zero, STF forma maioria para liberar emendas parlamentares

Maioria do Plenário da Corte definiu pela liberação das emendas; votação no plenário virtual do STF vai até quarta
Votação segue no Plenário Virtual do Supremo até quarta - Foto: divulgação STF
Votação segue no Plenário Virtual do Supremo até quarta - Foto: divulgação STF

A liberação de recursos por meio das emendas parlamentares do Congresso Nacional tem maioria no Supremo Tribunal Federal (STF). O plenário da Corte formou maioria nesta sexta-feira (28), e confirmou a decisão do ministro Flávio Dino para liberar as emendas parlamentares a partir do plano elaborado pelo Congresso e pelo Governo Federal, tentando dar mais transparência no processo de liberação e na execução das emendas.

Votaram a favor da decisão Dino, que é relator do caso, e os ministros: Luís Roberto Barroso, Kassio Nunes Marques, Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Edson Fachin.

Faltam cinco votos no STF para aprovar plano sobre emendas

O julgamento acontece no plenário virtual e os cinco ministros que ainda não se manifestaram terão até quarta (5) para o voto. Mas eles não têm o poder de mudar o resultado até aqui.

Quando o julgamento encerrar, o plano será homologado pelo plenário, dando fim aos impedimentos para a execução das emendas parlamentares no Orçamento de 2025, assim como para aquelas referentes a exercícios anteriores. Para o governo isso é importante também porque o orçamento está parado no Congresso Nacional

A identificação nominal dos parlamentares que solicitarem, e apoiarem as emendas, é a “cereja do bolo” do plano apresentado pelo Congresso. A falta de controle sobre a destinação dos recursos passava também exatamente por sequer ficar transparente quem era o “padrinho” de cada emenda. Dessa forma, a promessa é de garantir mais controle sobre a destinação dos recursos.

O plano aprovado impede a liberação de emendas que apresentem:

  • Impedimentos técnicos apontados pelo Executivo ou pelo próprio STF;
  • Suspensão específica determinada pela Corte, com base em auditorias da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre ONGs e entidades do terceiro setor;
  • Transferências especiais (emendas PIX) sem plano de trabalho aprovado;
  • Emendas de comissão e de bancada sem aprovação registrada em atas das respectivas reuniões, com identificação dos solicitantes e da destinação dos recursos;
  • Impedimentos judiciais oriundos de outras instâncias ou de órgãos de controle.

O objetivo é evitar distorções no uso das emendas, especialmente no caso das emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”, declaradas inconstitucionais pelo STF em 2022.


Leia mais sobre: / / / Geral / Política