20 de junho de 2025
Publicado em • atualizado em 21/05/2025 às 07:41

R$ 26 milhões: Ações judiciais viram dor de cabeça para o departamento jurídico do Goiás

Rafael Toloi - Jogador revelado pelo Goiás (Foto - Rosiron Rodrigues)
Rafael Toloi - Jogador revelado pelo Goiás (Foto - Rosiron Rodrigues)

Duas ações com valores consideráveis estão causando dor de cabeça ao departamento jurídico do Goiás Esporte Clube. A primeira no valor de R$ 20 milhões movida pela Pluri Consultoria e outra de aproximadamente R$ 6 milhões da Filon – empresa de material esportivo que produziu os uniformes da Kappa para o Verdão.

Essa última ação já está em processo final no Superior Tribunal de Justiça. A Filon reclama de uma rescisão unilateral do Goiás no final de 2015 e foi buscar seus direitos. Os tribunais estão dando razão e de acordo com o advogado esmeraldino, João Vicente – a situação é complicada e a estratégia é buscar um recurso especial no STJ. Causa praticamente perdida.

Em relação a Pluri Consultoria, a empresa do interior paulista firmou parceria com o Goiás pagando R$ 5 milhões em 2006, para um contrato até 2011 – onde teria direito a receber 50% de qualquer negociação realizada pelo clube goiano de jogadores revelados nas categorias de base que fossem profissionalizados neste período.

Foram revelados jogadores que renderam boas negociações ao Goiás como os exemplos do zagueiro Rafael Toloi, lateral Douglas, volantes Tiago Mendes e Rithely. O advogado João Vicente me revelou que a Pluri chegou a receber valores e direitos econômicos. Ele recorda que na transferência de Toloi para o São Paulo – a empresa optou por permanecer com parte dos direitos do atleta – do que receber do Goiás a importância financeira que teria direito.

João Vicente também explica que muitos jogadores que a Pluri coloca na ação judicial não se enquadram no contrato, como o meia Felipe Meneses que chegou na Serrinha em 2004, antes da assinatura do contrato entre as partes. Por isso, quando foi negociado com o Benfica, a empresa não teria direito a receber nenhum valor.

É um processo que deve ainda demandar muito tempo. Mas não deixa de ser uma dor de cabeça para o departamento jurídico que vai contestando, recorrendo, enrolando… faz parte do jogo nos tribunais. Fato é que são duas ações pesadas e quem vão se arrastando por anos, já que nosso judiciário caminha a ‘passos de formiga e sem vontade’, como canta Lulu Santos.

Por um lado isso é bom para o Goiás. Mas a minha análise tem como foco as atitudes equivocadas e precipitadas de dirigentes, seja na liderança executivo ou no conselho. Como não cuidar e vigiar os movimentos da agremiação como fazem em sua empresas e negócios particulares. As ações são frutos de atitudes erradas de quem está na linha de frente e ausência de fiscalização de quem deveria ter o controle. No final o prejuízo não vai para conta do dirigente. É o clube que vai sangrando e o torcedor é quem mais sofre.