O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), confirmou sua participação no ato convocado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste domingo (6), na Avenida Paulista, em São Paulo. O evento tem como principal pauta a defesa da anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro.
A presença de Caiado ao lado de Bolsonaro ocorre em um momento de sinais de reaproximação entre os dois líderes políticos. O ex-presidente chegou a ligar para o governador de Goiás antes do lançamento da pré-candidatura. Recentemente, Bolsonaro tem buscado fortalecer alianças com governadores de direita, incluindo Caiado, visando apoio à anistia dos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro.
Essa reaproximação é significativa, considerando o histórico de divergências entre Caiado e Bolsonaro. Durante a pandemia de COVID-19, por exemplo, houve um rompimento político entre ambos, com críticas mútuas sobre a condução das medidas de combate ao vírus. Além disso, nas eleições municipais de 2024, os dois estiveram em lados opostos na disputa pela prefeitura de Goiânia, o que resultou em trocas de farpas públicas.
No entanto, nos últimos meses, Caiado tem adotado uma postura mais conciliadora. Em entrevista recente à CNN, ele afirmou que Bolsonaro “não é carta fora” da campanha de 2026, sinalizando uma possível aliança futura. Uma das possibilidades futuras do governador de Goiás é ter apoio do PL e de Bolsonaro, pois os dois são alinhados à direita.
A participação de Caiado no ato deste domingo é vista como um movimento estratégico, tanto para reforçar sua posição no cenário político nacional quanto para consolidar apoios em sua pré-candidatura à Presidência da República em 2026. O evento também contará com a presença de outros governadores alinhados à direita, evidenciando a articulação de uma frente conservadora em torno das pautas defendidas por Bolsonaro.
A manifestação na Avenida Paulista tem o foco no discurso sobre a anistia dos processados pelos atos de 8 de janeiro de 2023, mas ocorre em um contexto de intensificação das articulações políticas visando as eleições de 2026, com lideranças buscando consolidar suas bases e alianças.
Anteriormente, no mesmo ato no Rio de Janeiro, Bolsonaro só contou com Tarcisio de Souza, governador de São Paulo, e o ato foi analisado como fraco do ponto de vista político tanto pela falta de lideranças quanto pelo público presente de menos de 20 mil pessoas.
Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .