Um dos aspectos mais curiosos da pesquisa CNT/MDA de fevereiro de 2025 está na informação da preferência de voto. Ela capturou o pensamento do eleitor com posições ideológicas definidas e reforçou o que analistas e estudiosos indicam sobre como o cidadão brasileiro se posiciona. Além disso, deixa claro que a polarização não predomina, mas uma tripla divisão.

Ao questionar o eleitor sobre em quem ele pretende votar para presidente, 35,1% disseram que optariam por um candidato que não seja ligado nem a Lula e nem a Bolsonaro. 30,7% afirmaram que prefereriam Jair Bolsonaro ou um candidato indicado por ele. Já 29,8% prefeririam um candidato indicado por Lula ou apoiado por ele.
Considerando a margem de erro da pesquisa, cada bloco tem próximo de um terço do eleitorado. A tabela reforça que quem decide a eleição é uma parte do bloco que não prefere nem um nem outro, pois para onde ela for será adicionado o percentual necessário para a vitória.
Em 2022, Lula foi beneficiado por essa migração que esteve principalmente numa parcela do público feminino que rejeitou o que Bolsonaro fez durante a pandemia. Mas, na prática, o petista e seus aliados já fizeram essa conquista nas outras eleições presidenciais.
Quem rejeita o atual presidente já tem essa posição consolidada, mas o percentual que não está nem de um lado e nem de outro vai ter que migrar. Ao mesmo tempo, Bolsonaro também alcançar essa parcela do eleitorado já que em 2018 ele já conseguiu essa façanha política também.
Em síntese, a tabela indica uma questão: Quem vai conquistar eleitores de centro no número suficiente para chegar à vitória em 2026.
Altair Tavares

Editor e administrador do Diário de Goiás. Repórter e comentarista de política e vários outros assuntos. Pós-graduado em Administração Estratégica de Marketing e em Cinema. Professor da área de comunicação. Para contato: [email protected] .