A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) foi condenada a 10 anos de prisão pela invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023. A condenação foi aprovada pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por unanimidade.
O julgamento, que foi iniciado em sessão virtual na última sexta-feira (9), finalizou nesta quarta (14), com votos favoráveis à condenação pelos crimes de invasão a dispositivo informático e falsidade ideológica, aprovada pelo relator Alexandre de Moraes, e pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
Prisão e perda do mandato
Além da determinação de prisão, Zambelli também foi condenada à perda do mandato e pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos. O valor deverá ser dividido com o hacker Walter Delgatti, que confessou o crime e foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão neste mesmo processo. A decisão ainda cabe recurso.
A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou que a deputada federal foi a mandante da invasão, que tinha como objetivo emitir um mandato falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. O trabalho foi executado por Delgatti, que confessou ter feito o hackeamento a mando de Zambelli.
Após o início do julgamento, a defesa de Carla Zambelli emitiu uma nota à imprensa contestando a realização do julgamento virtual para condenar a deputada. Os advogados também consideraram “absolutamente injusto” que a parlamentar seja condenada “sem provas irrefutáveis”.
Com informações da Agência Brasil
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