Foto: Guilherme Paranaíba/EM/D.A./Press
Pelo menos 13 estados registram paralisação de caminhoneiros nesta segunda-feira (21) contra a política de reajuste do diesel.
A greve é organizada pela Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros). Já foram registradas manifestações em 13 estados -São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Espírito Santo, Goiás, Tocantins, Mato Grosso, Ceará, Paraíba e Bahia.
Os caminhoneiros têm bloqueado rodovias pelo país. A Abcam representa caminhoneiros autônomos.
Na cidade de São Paulo, pontos de manifestação afetam o trânsito nesta manhã. Os caminhoneiros bloquearam pistas da marginal Pinheiros, na zona sul, e da Avenida Jacu-Pêssego, na zona leste.
Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o trânsito ficou acima da média. O protesto ganhou força por volta das 7h40, quando quatro caminhões, um em cada faixa, passou a andar lentamente pela marginal Pinheiros segurando o fluxo de veículos na pista expressa, no sentido Castelo Branco.
Ainda de acordo com a CET, não houve nenhum tumulto além da lentidão na marginal. Já por volta das 9h30, apenas um caminhão segurava o trânsito em uma faixa da direita na avenida Escola Politécnica, também na zona oeste.
A fila de veículos no local já passava de 1,5 km. A CET informou à reportagem que os manifestantes não repassaram o percurso do protesto.
A CCR NovaDutra conseguiu, na sexta-feira passada (18), liminar proibindo a interdição total da rodovia, sob multa de R$ 300 mil por dia. No Paraná, também foi concedida uma liminar proibindo bloqueios sob pena de R$ 100 mil por hora de interdição.
“Sou contrário a bloquear estradas, queimar pneu em rodovia, agressão física”, diz José da Fonseca Lopes, presidente da Abcam. “Nosso mote principal é tirar esses impostos perversos embutidos no preço do combustível, senão o país vai ficar sem abastecimento, sem alimentação.”
Segundo a concessionária da Dutra, quatro trechos estavam interditados pela manhã, pontos próximos de Guarulhos, Lorena, Pindamonhangaba e Jacareí.
A rodovia Anchieta (SP-150) e a rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-248) também tinham pontos de interdição pela manhã, segundo as concessionárias.
Em Santa Catarina, um grupo de motoristas ateou fogo em pneus sob um viaduto da BR-101 em Imbituba, no litoral sul. O trânsito não chegou a ficar paralisado.
No Sul do país, houve protestos nos três estados. No Paraná, uma das pistas da BR-116 foi interditada no km 67, na região metropolitana de Curitiba. Outro ponto de bloqueio foi em Paranaguá, no km 6 da BR-277.
No Rio Grande do Sul, os atos ocorreram a partir da madrugada em Gravataí, Taquara e Três Cachoeiras.
No interior de São Paulo, caminhoneiros fizeram protesto na rodovia Zeferino Vaz (SP-332), em frente à Replan, uma das principais refinarias do país, em Paulínia. Os motoristas ficaram no local das 7h30 às 9h30.
Já em Bauru, o ato ocorreu às margens da rodovia Marechal Rondon, com ao menos 30 caminhões estacionados ao lado de cartazes e faixas de protesto contra a alta do diesel.
Pneus foram queimados por manifestantes em Votorantim, às margens da rodovia Raimundo Antonio Soares.
A Abcam registrou cinco pontos de interdição na Bahia, sete em Minas Gerais, dois no Espírito Santo, três em São Paulo e dois no Paraná. Segundo a entidade, muitos são bloqueios parciais.
No nordeste, foram registrados protestos no Ceará, na Bahia e na Paraíba.
Ao menos quatro cidades baianas tiveram manifestação, entre elas Vitória da Conquista e Jequié, onde dois trechos da BR-116 foram interditados em ambos os sentidos.
Um deles fica no km 814, em Vitória da Conquista e o outro, no km 672, em Jequié. Manifestantes queimaram pneus e o ato gerou congestionamento.
No Ceará, um trecho da BR-020 foi bloqueado por caminhoneiros entre Fortaleza e Maracanaú. Houve congestionamento de cinco quilômetros, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal.
Já na Paraíba, manifestantes interditaram trecho da BR-104 em Campina Grande.
Os caminhoneiros reivindicam do governo federal mudanças na política de reajuste dos combustíveis da Petrobras.
Eles querem redução da carga tributária sobre operações com óleo diesel a zero, referentes às alíquotas da contribuição de PIS/Pasep e Cofins. Pedem também isenção da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).
Os caminhoneiros argumentam que os aumentos do preço do diesel nas refinarias e os impostos afetam o transporte de cargas.
A categoria abrange cerca de 600 mil dos 1 milhão de caminhoneiros autônomos do país. (Folhapress)
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